Prestes a voltar a campo depois da pausa do Brasileirão para a Data Fifa, o Ceará segue focado em atingir a pontuação que assegure presença na Série A de 2026 para só então pensar em outros objetivos, como conquistar vaga em competição internacional ou terminar nas dez primeiras posições pela primeira vez na história dos pontos corridos.
O pensamento interno foi reforçado pelo CEO do futebol do Vovô, Haroldo Martins, em entrevista exclusiva ao programa "As Frias do Sérgio", da rádio O POVO CBN, nesse sábado, 11. Em cerca de uma hora, o dirigente falou também sobre a postura do meia-atacante Vina no dia a dia e a possibilidade de o clube renovar ou comprar alguns jogadores do atual elenco.
Com campanha regular na elite nacional, o Alvinegro está na 10ª posição, com 34 pontos, a nove de distância da zona de rebaixamento — para o Fluminense, sétimo colocado, por exemplo, são quatro pontos. Apesar da margem para o Vitória, que está em 17º lugar, Haroldo mantém o discurso cauteloso de olho nos 45 pontos.
"'Bem confortável' é um termo muito forte. A gente tem foco muito bem definido desde o começo. Posição confortável, para a gente, é quando conseguir atingir a pontuação que precisa e que nos dê a definição de uma permanência", ponderou.
Atualmente, o Ceará figura na zona de classificação para a Copa Sul-Americana do próximo ano e também pode ver aumentar o número de vagas para a Libertadores, a depender dos vencedores do próprio torneio continental e da Copa do Brasil. O objetivo internacional existe, mas a intenção prioritária é zerar o risco de queda para a Série B.
"É claro que todo mundo quer alçar voos mais altos, conquistar coisas grandes. A gente quer fazer isso no Ceará, (a gente) espera conseguir, mas, para dar qualquer segundo passo, que é conquistar (vaga em) competições internacionais, a gente precisa dar o primeiro passo, que é confirmar nossa permanência na Série A", alertou Haroldo Martins.
Com o desempenho sólido no Brasileirão, o departamento de futebol do Vovô deverá trabalhar para manter alguns jogadores, seja com renovações de contrato ou com aquisição dos direitos federativos. O presidente João Paulo Silva, no mês passado, em entrevista ao Esportes do Povo, disse querer estender os vínculos de Willian Machado, Dieguinho, Lourenço e Lucas Mugni, além de comprar Fabiano Souza, Matheus Bahia e Galeano.
"A gente está no último terço da Série A, numa reta final, e entendo que não é momento para a gente estar falando em renovação, compra de direitos econômicos, enfim. De qualquer forma, ainda que não fosse esse momento, eu entendo que esses são assuntos a serem tratados internamente", despistou Haroldo.
Se não detalhou o futuro de alguns peças do grupo comandado por Léo Condé, o CEO do futebol alvinegro ressaltou o empenho de Vina para se readaptar ao futebol brasileiro e contribuir com o clube. O dirigente relembrou que o camisa 29 passou duas temporadas na Arábia Saudita, entre Al-Hazm e Al-Jubail, mas que a volta a Porangabuçu está sendo positiva para todos.
"Está sendo boa para todo mundo. Ele está se dedicando demais, sou testemunha, vejo no dia a dia o nível de dedicação dele. É uma dedicação mesmo tamanho da vontade que ele manifestou em voltar", garantiu Haroldo Martins.