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Precisando de arrancada histórica, Fortaleza terá sequência difícil na Série A
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Precisando de arrancada histórica, Fortaleza terá sequência difícil na Série A

Afundado na zona de rebaixamento, o Tricolor precisa vencer seis dos próximos 11 jogos, além de um empate, para poder sonhar em disputar a elite nacional em 2026
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Martín Palermo, técnico do Fortaleza (Foto: Fco Fontenele/O POVO)
Foto: Fco Fontenele/O POVO Martín Palermo, técnico do Fortaleza

A 28ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro não poderia ter sido pior para o Fortaleza. Com a derrota para o Vasco da Gama-RJ, na Arena Castelão, e a vitória do Santos-SP diante do Corinthians-SP, na Vila Belmiro, o Tricolor do Pici viu seu sonho de escapar do rebaixamento tornar-se, novamente, um pesadelo. A perspectiva, olhando para os próximos duelos do time cearense, é bastante complicada.

Se, no início da rodada, o cenário parecia mais acessível, com quatro pontos a menos que o Santos — primeiro time fora da zona de rebaixamento —, agora a realidade é bem distinta: são sete pontos de diferença para o Peixe, restando somente 11 partidas para o término da competição. Projetando os 43 pontos necessários para escapar da queda, o Leão precisa vencer mais seis jogos e empatar uma vez.

É o mesmo número de triunfos que o clube tem em 24 jogos no Brasileirão deste ano, três deles conquistados recentemente contra os demais times que estão no Z-4 — Vitória-BA, Sport-PE e Juventude-RS. Nessas 11 rodadas finais, o Fortaleza teria de alcançar um aproveitamento de 57%, além de torcer por tropeços de rivais como Vitória (17º) e Santos (16º), que estão à sua frente na tabela.

Mas isso são apenas números frios. Na prática, o contexto torna o desafio ainda mais difícil. Afinal, nas próximas duas rodadas, o Fortaleza visitará o forte Cruzeiro-MG, no Mineirão, atual terceiro colocado, no próximo sábado, 18, e, em seguida, receberá o Flamengo-RJ, no Castelão — vice-líder da Série A e que disputa ponto a ponto o título com o Palmeiras-SP.

A sequência conta, ainda, com um confronto diante do Santos, na Vila Belmiro, e outro contra o rival Ceará, no Clássico-Rei. E fica difícil imaginar que um time tão inconsistente quanto o Fortaleza de 2025 vá conseguir essa arrancada histórica. Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a chance de rebaixamento do Leão é de 84%.

Externamente, o discurso do técnico Martín Palermo é o de lutar até o fim, enquanto houver esperança. E o argentino não poderia ter outra fala publicamente. O consenso no Pici tem de ser exatamente esse: honrar a camisa do clube para finalizar o campeonato de forma digna, conseguindo a permanência ou não. Em coletiva, o comandante disse que “se tiver de morrer, que morramos em pé”.

“O que posso dizer aos torcedores é que nos acompanhem, que todos fiquem juntos para lutar até o final. É acreditar até que os números e as estatísticas se fechem. Como penso e sinto o futebol, não vou me dar por vencido, assim como os jogadores não vão se entregar tão facilmente. Temos que encontrar estímulo, defender o escudo. Se tiver de morrer, que morramos em pé”, comentou Palermo.

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