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Hora de olhar pra baixo
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Hora de olhar pra baixo

Vovô perde para o Flu no Maracanã e fica mais preocupado com a zona de rebaixamento da Série A
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O Ceará passou longe de apresentar um bom futebol e foi derrotado pelo Fluminense por 1 a 0 na noite de ontem, no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). No duelo, atrasado da 12ª rodada do certame, o Vovô foi prejudicado pela arbitragem, teve atuação apática e perdeu outra chance de se afastar da temida zona de rebaixamento.

Pressionado pelos maus resultados nas últimas rodadas, o Alvinegro de Porangabuçu foi a campo com um trio de meio-campo mais móvel: Zanocelo, Lourenço e Vina. A escalação inicial, em tese, indicava que a equipe não iria ao duelo apenas para "se proteger". A prática, porém, foi outra. 

Apesar do equilíbrio nos minutos iniciais, quem abriu o placar foi o Tricolor aos 19 com Acosta, mas o lance foi anulado porque Freytes, que tocou para o meia, estava impedido. A expectativa era de que o tento sofrido desse um choque de realidade ao lado cearense.

Aos 25 minutos, porém, Renê balançou as redes para o Flu novamente, após cobrar falta no canto esquerdo de Bruno Ferreira. Na jogada, Pedro Raul não conseguiu cortar e o goleiro aceitou a finalização com facilidade. O lance que originou a falta, porém, gerou muita reclamação do lado cearense: o árbitro Flávio Rodrigues de Souza marcou toque de mão inexistente de Marllon.

Em vantagem, o Tricolor das Laranjeiras passou a controlar mais o ritmo do jogo, embora tenha finalizado apenas uma vez no alvo. O Ceará, por sua vez, apresentou enormes dificuldades de criação. A equipe de Léo Condé abusou dos passes laterais e foi incapaz de transformar a posse em jogadas efetivas. As principais tentativas surgiram em lançamentos de Vina buscando Galeano, mas sem sucesso. A melhor oportunidade do Alvinegro surgiu apenas aos 49 minutos, em falta cobrada por Vina para fora.

Insatisfeito com o rendimento, o técnico alvinegro promoveu duas substituições já no intervalo: saíram Lourenço e Pedro Raul para as entradas de Richardson e Pedro Henrique, visando maior solidez ao meio-campo e dinamismo ao ataque. 

Com alternâncias de domínios, o segundo tempo só teve a primeira chance clara aos 12 minutos, e foi com o Flu. Em contra-ataque, Acosta passou para Canobbio, que entrou na área e finalizou forte na rede pelo lado de fora. Na sequência da jogada, mais duas trocas no Ceará: Mugni e Aylon ocuparam as vagas de Vina e Galeano.

O Vovô até tentou criar jogadas, mas a falta de inspiração seguiu. Do outro lado, o time mandante quase ampliou o placar. Aos 18, Canobbio chutou e acertou a trave — a finalização ainda contou com desvio de Zanocelo. 

Na segunda metade da etapa final, os comandados de Condé viraram meros espectadores do Tricolor das Laranjeiras, que também não mostrava tanto afinco para atacar. A única chegada cearense ocorreu aos 39 com Mugni, que cobrou falta e mandou por cima das traves. No fim, Keno ainda obrigou Bruno Ferreira a executar grande defesa.

No duelo, a postura da equipe alvinegra foi quase antagônica a que o clube precisa no momento. Apático e passivo, o Ceará não mostrou o desempenho esperado por um time que não vencia há três jogos e que agora vê a zona de rebaixamento chegar cada vez mais perto.

Com mais um resultado negativo, o Alvinegro segue na 14ª colocação na tabela com 35 pontos, apenas quatro acima do Vitória, que é 17º. O próximo compromisso do Vovô será no domingo, 2, novamente diante do Fluminense, em jogo da 31ª rodada — desta vez com o empurrão da torcida no Castelão. 

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