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Rodger Raniery é eleito presidente do Ferroviário
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Rodger Raniery é eleito presidente do Ferroviário

O novo mandatário comandará o clube a partir do dia 1º de dezembro deste ano e ficará no cargo até 30 de novembro de 2028
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Rodger Raniery durante eleição do Ferroviário (Foto: Lenilson Santos/ Ferroviário AC)
Foto: Lenilson Santos/ Ferroviário AC Rodger Raniery durante eleição do Ferroviário

O Ferroviário tem um novo presidente para o triênio de 1º de dezembro de 2025 a 30 de novembro de 2028. Rodger Raniery venceu Newton filho por 114 a 73 votos e assumirá o comando da equipe coral a partir do próximo mês. A votação contou com 189 eleitores, com somente dois votos nulos, e aconteceu das 9 horas às 18 horas deste sábado, 1º, na sede do clube, na Barra do Ceará.

"Estamos muito felizes, sabíamos que não ia ser fácil e gostaríamos de agradecer a confiança da torcida do Ferroviário. Sempre recebemos muito carinho da torcida do Ferrão, prometo não os decepcionar. Precisamos unir o Ferroviário, o Ferroviário unido cresce", afirmou Rodger em entrevista exclusiva no programa As Frias do Sérgio, da Rádio O POVO CBN.

Além do presidente da agremiação, foram eleitos: Francisco Barros Machado Neto como vice-presidente; Cássio Pinheiro Cacau como presidente do Conselho Deliberativo; Marcelo Araújo Gomes como vice-presidente do Conselho Deliberativo.

O novo presidente coral também comentou sobre o futuro do clube em relação à SAF. "Temos que entender o contrato, saber se a atual gestão vai assinar ou não; caso assine, se o futebol profissional irá ficar diretamente com a SAF. Se cair para nossa administração, só iremos assinar se o contrato estiver seguro, resguardando os direitos do Ferroviário, e tocar o barco de dezembro para frente. Caso não assine, o futebol será gerido por Valmir Araújo", comentou o dirigente.

A pauta sobre a venda da SAF coral para a empresa Makes  SAF foi uma das principais das duas chapas concorrentes. Primeira eleição do Ferrão com dois candidatos em 92 anos de história, o pleito foi lotado de acusações por parte das duas vertentes.

Rodger Raniery é ex-diretor jurídico do Tubarão e também ex-vice-presidente do Conselho Deliberativo, cargo que ocupou até 2024. Antes de anunciar sua candidatura, renunciou ao cargo de Procurador Geral do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol Cearense (TJDF-CE).

Suas principais propostas foram em torno da modernização do departamento de futebol e uma maior captação de atletas locais para a base. Rodger mira o retorno do Ferroviário às divisões superiores do Campeonato Brasileiro, bem como o acesso à Copa do Brasil e à Copa do Nordeste.

Em um processo eleitoral marcado por brigas nos bastidores, a chapa Futuro, Orgulho e Tradição tentou a suspensão da eleição na Justiça, alegando falta de transparência por parte do Conselho Deliberativo. A vertente alegava que não estava tendo acesso a informações relacionadas ao tempo de contribuição dos sócios-torcedores aptos para voto, situação que o grupo afirmava ser garantido por estatuto.

Contudo, o magistrado Fernando Teles de Paula Lima, da 38ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, afirmou que não há artigo nos documentos publicados pelo Tubarão que garanta direito às informações solicitadas pelo grupo político e negou o pedido de suspensão.

Processo Eleitoral

Por meio de cédulas de papel com os nomes das duas chapas, os 189 eleitores assinalaram um X na sessão do grupo político de sua escolha. Após as 18 horas, a única urna do recinto foi esvaziada e os votos passaram por dois processos de contagem, sendo o primeiro para conferir se a quantidade de cédula estava condizente com o número de eleitores que assinaram a ata de presença, para só assim, contar o número de votos de cada candidato.

Em clima inicialmente ameno, os candidatos de ambas as chapas se fizeram presentes no momento de apuração e aguardaram o resultado no recinto. Supervisionando o processo, estava o presidente do Conselho Deliberativo do Ferroviário, Abdon Paula Neto.

Houve um momento de reclamação por parte da chapa Futuro, Orgulho e Tradição por uma das cédulas da chapa Amor e Lealdade contar o nome do eleitor enquanto todas as outras cédulas da votação estavam sem identificação do votante. A reclamação, contudo, não causou anulação do voto.

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