O jogo entre o Fortaleza e o São Paulo, pelas quartas de final da Copa do Brasil Sub-20, no Presidente Vargas, o Benfica, precisou ter o protocolo antirracismo da Fifa acionado após Djhordney, do clube paulista, acusar Tomás Roco, do time cearense, de injúria racial. A partida ficou paralisada por cerca de quatro minutos, mas ambos os atletas seguiram em campo.
A confusão ocorreu aos 26 minutos do primeiro tempo. De acordo com o jogador do São Paulo, Tomás Roco — que é chileno — teria o chamado de “macaco”. Outros atletas do Tricolor paulista que estavam próximos no momento questionaram o atacante do Fortaleza após a suposta fala racista: “Quem é macaco?”.
Diante da acusação, o árbitro Paulo Vitor de Lima Pereira acionou o protocolo antirracismo da Fifa, mas nenhuma outra medida foi tomada em campo. Tomás Roco finalizou o primeiro tempo, porém foi substituído no intervalo.
Na saída de campo, após o primeiro tempo, em entrevista ao SporTV, o capitão do São Paulo, Andrade, confessou que não escutou a suposta injúria racial, mas ressaltou que outros colegas de equipe ouviram e que o caso precisa ser levado à delegacia o quanto antes.
O Esportes O POVO entrou em contato com a assessoria do Fortaleza Esporte Clube e aguarda o pronunciamento oficial para atualizar esta matéria. Já o São Paulo Futebol Clube postou nota de repúdio, ressaltando que "não há espaço para o racismo no futebol, nem em qualquer outro lugar da sociedade".
Tomás Roco é um atacante chileno — com convocações para a seleção sub-20 — e tem 19 anos de idade. Ele foi contratado para integrar as categorias de base do Fortaleza nesta temporada, onde acumula 34 jogos e seis gols marcados. Com a camisa do Leão, disputou Cearense Sub-20, Copa do Nordeste Sub-20, Brasileiro Sub-20 e Copa do Brasil Sub-20.