Titular absoluto e peça importante no meio-campo do Ceará, Dieguinho foi desfalque por um mês em razão de uma lesão muscular e viu a equipe amargar uma sequência negativa em quatro jogos — três derrotas e um empate. Novamente à disposição, o volante recuperou espaço no time titular na reta final do Brasileirão e formou dupla afinada com a "máquina" Zanocelo, como se referiu ao companheiro.
O camisa 20 já entrou em campo pelo Vovô em 46 duelos ao longo da temporada, entre Campeonato Cearense, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série A. Foram 3.581 minutos em ação, o atleta com sexta maior minutagem do elenco alvinegro — atrás de Willian Machado, Galeano, Fabiano Souza, Bruno Ferreira e Marllon, nesta ordem.
Na vitória por 3 a 0 sobre o Santos, em 5 de outubro, Dieguinho foi substituído na reta final e virou dúvida para o retorno após a Data Fifa. O edema muscular na panturrilha direita tirou o meio-campista de 30 anos de combate do empate por 1 a 1 com o Sport e dos reveses para Botafogo (2 a 0), Atlético-MG (1 a 0) e Fluminense (1 a 0).
"Panturrilha é um músculo bem difícil de tratar, o mais trabalhoso da nossa perna e também fiquei aflito, não queria me lesionar. Desde o início do ano, meu propósito era me cuidar para não ter nenhuma lesão e jogar o máximo de jogos possíveis e estar sempre à disposição para ajudar", recordou Dieguinho, em entrevista coletiva ontem, na reapresentação do elenco, em Porangabuçu.
O camisa 20 voltou a ser relacionado no dia 2 deste mês, no triunfo por 2 a 0 sobre o Fluminense, no Castelão. Quatro dias depois, no Clássico-Rei, também estava no banco de reservas e foi acionado ainda na primeira etapa em razão da lesão de Fernando Sobral. E se manteve na equipe de Léo Condé para a vitória sobre o Corinthians, em São Paulo, nesse domingo.
"Aquela formação que o treinador (Léo Condé) utilizou passa muito sobre o conhecimento dele sobre o elenco. Ninguém imaginava que o Rafael Ramos iria jogar pelo lado direito e jogou muito bem. Minha função foi jogar lado a lado com o Zanocelo, cobrir o campo e também fechar o lado esquerdo do Corinthians, que tinha meu xará Dieguinho ali. Um jogador muito habilidoso, o melhor um contra um do ataque deles. Fechava aquele espaço ali para ajudar o Matheus Bahia", explicou o volante.
"Motorzinho" do time, Dieguinho disputou 27 jogos no Brasileirão, sendo 26 como titular, e soma 51 desarmes (10º melhor da competição no quesito), 30 interceptações (6º melhor) e 53 cortes (3º melhor), de acordo com o SofaScore, plataforma especializada em compilar dados esportivos. O meio-campista já havia formado dupla com Richardson e também com Fernando Sobral, por exemplo, e agora tem a companhia de Zanocelo no setor.
Reforço do Vovô na janela de transferências do meio do ano, o camisa 25 acabou ganhando espaço na formação inicial justamente após a contusão de Dieguinho. A dupla teve bom funcionamento no meio-campo contra Fortaleza e Corinthians e deverá ser repetida por Condé nos cinco jogos finais da Série A.
"O Zano é um jogador de muita força, técnica. Eu falei para ele: 'Você é uma máquina'. Jogador de muita força, muita técnica, um jogador inteligente. Fica fácil, não só jogar do lado do Zano, mas de todos os volantes ali, todo mundo da posição. Os caras são inteligentes, trabalhadores também. Não tem vaidade, todo mundo correndo", elogiou Dieguinho.