Com o Ceará em busca dos 45 pontos para garantir a permanência na Série A para 2026, o CEO do futebol do clube, Haroldo Martins, evitou projetar o futuro em entrevista exclusiva ao "Esportes O POVO", ontem, mas admitiu que vê a permanência de Léo Condé como "lógica e esperada", ponderou sobre os valores envolvidos para manter Pedro Raul e exaltou o processo de contratação de jogadores.
O artilheiro do Vovô na temporada, com 16 gols, está emprestado pelo Corinthians até o fim deste ano. O desempenho desperta curiosidade sobre o destino do camisa 9, mas as cifras "fora da realidade" inviabilizam que o Alvinegro exerça a compra ou assuma os salários de maneira integral — no empréstimo, os clubes dividem o pagamento praticamente meio a meio.
"Ele está numa lista A da Série A", disse Haroldo sobre Pedro Raul, que soma dez gols no Brasileirão, um terço dos tentos da equipe na competição. "Seria ótimo se a gente pudesse continuar com o Pedro Raul, mas a gente tem que ser honesto: são valores, seja o de compra dele ou seja o salário dele no Corinthians, fora da nossa realidade", completou.
Por outro lado, o futuro do comandante da equipe parece mais viável para uma renovação de contrato com o Ceará. Há mais de um ano em Porangabuçu, Léo Condé ganhou elogios de Haroldo, que vê a continuidade do trabalho como "lógica e esperada".
“Léo encaixou perfeitamente no Ceará, o estilo de trabalho dele principalmente. Temos um acesso, uma campanha estável na Série A. É um cenário perfeito para que ele continue. Ele é um treinador em crescimento na carreira e o Ceará também é um clube em crescimento, então esperamos que essa seja uma sinergia boa para todos. A manutenção dele é uma coisa lógica e esperada. Esperamos que aconteça”, elencou.
O chefe do departamento de futebol alvinegro também enalteceu a postura do "craque" Vina no dia a dia, apontando como "atleta dedicado", opinou que Willian Machado está entre os três melhores zagueiros canhotos da Série A e ponderou que o Vovô poderia ter "três, cinco pontos a mais" se não fossem os erros de arbitragem.
Haroldo também contou, sem citar nomes de clubes, que o Ceará tem a terceira menor folha salarial da elite nacional — provavelmente à frente de Mirassol e Juventude — e reforçou o trabalho do departamento de inteligência na busca por reforços para o elenco, mesmo sem grandes investimentos, mas com bom índice de sucesso.
"A gente tem limitação financeira, mas não pode usar isso como muleta, tem que encontrar solução. E a gente encontra solução buscando esses diferenciais, construindo. A gente tem hoje um setor que está entre os cinco melhores do País, e isso é diferencial competitivo para o Ceará", exaltou o dirigente.