Um dos principais destaques do Ceará em 2024 e 2025, o lateral-esquerdo Matheus Bahia falou com exclusividade ao Esportes O POVO e abriu o jogo sobre sua evolução, a relação com Léo Condé, identificação com o clube e o futuro em Porangabuçu.
Emprestado pelo Bahia até o fim deste ano, o camisa 79 vive o melhor momento da carreira e não esconde a conexão criada com o Vovô.
O POVO - Qual a importância de Léo Condé na tua carreira?
Matheus Bahia - O Léo é o treinador com quem mais evoluí taticamente e mentalmente. Esse ano ele conversou comigo que, para eu fazer um bom ano precisava repetir tudo que eu fiz ano passado de focar sempre no trabalho. É um cara muito especial para mim, vou levar para a minha vida porque vivo o meu melhor momento no futebol agora com ele.
OP - Como foi aceitar o convite do Ceará por duas vezes (2024 e 2025)?
MB - É um clube muito forte aqui no Nordeste. A torcida me chamou muita atenção. As pessoas que estavam aqui no clube eu já conhecia, Drubscky e Sanches. Eles me apresentaram o projeto e eu tinha deixado bem claro que eu queria ir para um time que realmente brigasse para subir. Eu não queria jogar a Série B para simplesmente jogar, eu queria ir para um time de massa. É uma cidade muito boa também, minha família se adaptou muito rápido. Facilitou também para o meu segundo ano aqui. Acreditei muito no projeto do clube novamente. É lógico que a gente recebe outras propostas, recebi muita sondagem. Eu estava meio que acertado com o outro clube, mas as coisas aconteceram e estou aqui no Ceará, graças a Deus. Venho fazendo um grande ano, ajudando da melhor forma possível.
OP - Como você vê sua trajetória no Ceará?
MB - Eu me sinto muito importante no grupo. Me sinto uma peça que realmente soma. Quando surgiu a oportunidade de poder voltar, minha esposa ficou muito feliz. Acredito que também a gravidez da minha esposa, né? É um filho, então é uma grande responsabilidade. A gente precisa trabalhar mais porque tem que se dedicar, dar a vida pela família. Acho que é o somatório de tudo. É um clube que eu aprendi a amar, a respeitar muito. Enquanto estiver aqui, nunca vou deixar de correr, porque sei o que represento dentro do clube e o que represento para o torcedor.
OP - Clássico-Rei é diferente para ti? Sempre é um dos jogadores que mais vibra em jogos contra o rival...
MB - Para mim, o Clássico-Rei é sempre um jogo bem diferente. A gente tem jogos grandes: Palmeiras, Flamengo, que, graças a Deus, também consegui crescer em grandes jogos, mas o Clássico-Rei tem um gostinho a mais, né? É o momento que você veste a camisa do torcedor. Eu tinha esse tabu de não perder clássicos, então não queria perder esse Clássico-Rei a nenhum custo. Queria fechar os dois anos aqui no clube sem perder clássicos.
OP - Ceará vai buscar a vaga na Sul-Americana?
MB - O nosso primeiro objetivo sempre foi a permanência, assim como qualquer clube que vem da Série B. Por termos um time que vai pra guerra, que briga de igual pra igual, sempre achei que a gente podia buscar coisas grandes. Acredito que a gente possa concluir nosso objetivo de permanência e daí pra frente, a gente pode sim buscar essa Sul-Americana, vai ser muito importante pro clube. A gente almeja isso.
OP - Vai ficar para 2026?
MB - Acho que é muito cedo para a gente falar sobre isso. Vou esperar o ano acabar, sentar com a minha família, ver o que vai ser melhor pra mim. Lógico que é um clube que eu me identifico muito, é um clube que eu brigo em todos os jogos que estou, o meu dia a dia é sempre o melhor possível. Vou deixar pra tratar isso quando eu estiver de férias.