O Ceará terá dois desfalques importantes para enfrentar o Mirassol na próxima segunda-feira, 24, fora de casa, pela 35ª rodada da Série A de 2025. Expulso na partida contra o Internacional, nessa quinta-feira, 20, o meia-atacante Vina está automaticamente suspenso e não poderá atuar. Já o centroavante Pedro Raul recebeu o terceiro cartão amarelo e também está fora do confronto.
Sem a dupla, o técnico Léo Condé vai precisar reestruturar o setor ofensivo. A tendência é que Mugni seja o substituto de Vina no meio-campo, enquanto Aylon figura como principal opção para formar o ataque. Outras opções também existem, como centralizar Pedro Henrique ou oferecer nova oportunidade ao jovem Lucca.
Tal cenário, inclusive, não é novidade para o Vovô. No dia 9 de novembro, contra o Corinthians, o time alvinegro já havia atuado desfalcado de Vina e Pedro Raul. Naquele duelo, o camisa 9 ficou impedido de entrar em campo por questões contratuais, já que está emprestado pelo próprio Corinthians, enquanto Vina cumpriu suspensão pelo acúmulo de amarelos. Apesar das baixas, o time cearense conseguiu apresentar um rendimento sólido e conquistou uma vitória crucial para a campanha na Série A.
Naquela ocasião, Léo Condé surpreendeu ao montar o time em um esquema 5-3-2, diferente do padrão adotado ao longo da temporada. Com uma linha de cinco defensores — Rafael Ramos, Fabiano, Marcos Victor, Willian Machado e Matheus Bahia —, a equipe ganhou mais segurança na recomposição e evitou que o Corinthians encontrasse espaços A estratégia priorizou a compactação, a disciplina tática e a redução de erros.
O grande acerto, todavia, esteve no setor de criação e mobilidade ofensiva. O comandante alvinegro escalou Zanocelo, Dieguinho e Mugni como responsáveis por dar intensidade e controlar a dinâmica do meio-campo, fortalecendo a transição entre defesa e ataque.
Sem um centroavante de referência, Galeano e Pedro Henrique foram escolhidos para compor uma dupla móvel, veloz e participativa. O resultado foi positivo: ambos conseguiram pressionar a saída de bola, gerar profundidade e contribuir na recomposição defensiva.
O gol da vitória nasceu exatamente dessa proposta mais leve e agressiva. Aos 31 minutos do primeiro tempo, Mugni roubou a bola no meio, conduziu com inteligência e acionou Pedro Henrique, que encontrou Galeano livre. O atacante finalizou de primeira, coroando uma jogada coletiva que resumiu bem o plano tático idealizado pelo treinador.
Ao longo dos 90 minutos, o Ceará mostrou maturidade, disciplina e uma entrega física acima da média. A estratégia de conceder a posse ao Corinthians e apostar nos contra-ataques foi executada com rigor. Os jogadores demonstraram entendimento do modelo de jogo e, ao apito final, deixaram o campo visivelmente exaustos. Agora, diante do Mirassol, Condé precisará novamente encontrar soluções para superar as ausências de duas peças essenciais na equipe.