O tetracampeão mundial Max Verstappen, da Red Bull, venceu o Grande Prêmio do Catar de Fórmula 1, ontem, levando sua disputa contra os pilotos da McLaren, Oscar Piastri (2º) e Lando Norris (4º), pelo título para a última corrida da temporada, em Abu Dhabi, no próximo domingo, 7.
O piloto brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber, terminou a prova em 13º, logo atrás de Lewis Hamilton, da Ferrari.
Norris, que teria se sagrado campeão mundial ontem com uma vitória, terminou atrás do espanhol Carlos Sainz, da Williams, após uma estratégia ruim de pit stop, perdendo parte de sua vantagem sobre Verstappen e Piastri antes da última corrida do ano.
O britânico de 26 anos continua dependendo de si mesmo, graças a uma vantagem de 12 pontos sobre o holandês e de 16 pontos sobre o seu companheiro de equipe, antes da corrida no circuito de Yas Marina, onde o máximo de pontos para o vencedor será de 25.
A última vez em que o título foi decidido na última corrida foi em 2021, quando o britânico Lewis Hamilton, então piloto da Mercedes, perdeu o campeonato mundial na última volta justamente para Max Verstappen.
Ontem, o holandês provou que sua candidatura ao título é séria, quando, largando da terceira posição no grid, ultrapassou Norris, que partiu em segundo, logo na primeira volta.
Após largar em primeiro, Piastri começou a ampliar sua vantagem sobre os adversários, buscando repetir a vitória conquistada no sábado, 29, na corrida sprint.
A reviravolta aconteceu rapidamente quando, na sétima volta, um acidente entre Pierre Gasly, da Alpine, e Nico Hülkenberg, da Sauber, provocou a entrada do safety car. Max Verstappen, assim como a grande maioria dos pilotos, parou nos boxes nesse momento para realizar uma das duas paradas obrigatórias da corrida.
"Uma corrida incrível para nós. Tomamos a decisão certa de parar nos boxes durante a entrada do safety car. Uma corrida consistente em um fim de semana difícil", comemorou Verstappen.
A McLaren decidiu manter os dois pilotos na pista, uma decisão estratégica que lhes custou a vitória.
Nesse fim de semana, as equipes tiveram que seguir uma nova regra de segurança que limita o número máximo de voltas com o mesmo jogo de pneus a 25. Como o Grande Prêmio do Catar foi disputado em 57 voltas, cada piloto foi obrigado a fazer pelo menos duas paradas nos boxes.
Verstappen, beneficiando-se de paradas nos boxes mais rápidas durante o período de safety car, garantiu uma vantagem para o restante da corrida, enquanto as McLarens, especialmente Norris, encontraram tráfego após suas respectivas paradas nos boxes.
"Pilotei o mais rápido que pude, mas não era para ser. Em retrospectiva, é bem óbvio o que deveríamos ter feito, mas vamos conversar sobre isso como equipe. É um pouco difícil de aceitar agora", lamentou Piastri.
Na segunda parte da corrida, o australiano conseguiu retornar à pista na segunda posição, enquanto Norris reiniciou em quinto, atrás da Williams do espanhol Carlos Sainz e da Mercedes do italiano Andrea Antonelli.
No fim, o atual líder do campeonato conseguiu ultrapassar Antonelli e terminar em quarto lugar, minimizando a diferença de pontos em relação ao vencedor, Verstappen, e seu incansável companheiro de equipe, Piastri.
Os três pilotos vão se enfrentar novamente daqui a uma semana, em uma disputa tripla que não acontecia desde 2010, quando o alemão Sebastian Vettel conquistou o título à frente de outros três que ainda estavam na disputa.
Atrás de Antonelli, que terminou em quinto, quem cruzou a linha de chegada foi seu companheiro de equipe na Mercedes, o britânico George Russell.
O espanhol Fernando Alonso, da Aston Martin, terminou em sétimo, com o top-10 completado pelo monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, o australiano Liam Lawson, da Racing Bulls, e o japonês Yuki Tsunoda, da Red Bull.