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Com apoio da família, Ávila supera críticas e renasce no Fortaleza
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Com apoio da família, Ávila supera críticas e renasce no Fortaleza

Em entrevista exclusiva ao Esportes O POVO, o zagueiro argentino também falou do desejo de permanecer mais temporadas no Leão, embora a situação não dependa dele
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Gastón Ávila em entrevista exclusiva ao Esportes O POVO (Foto: Mateus Lotif/ Fortaleza EC)
Foto: Mateus Lotif/ Fortaleza EC Gastón Ávila em entrevista exclusiva ao Esportes O POVO

A atual fase de Gastón Ávila no Fortaleza é bem diferente daquela do início da temporada. Hoje consolidado como titular e peça importante no esquema tático do treinador Martín Palermo, o zagueiro finalmente tem conseguido desfrutar do clube. Antes, lá no primeiro semestre, o cenário era outro: precisou lidar com más atuações e fortes críticas da torcida. Em nenhum momento, porém, cogitou “jogar a toalha”.

Em entrevista exclusiva ao Esportes O POVO, o defensor argentino contou sobre a reviravolta que conseguiu protagonizar no Pici. Em seu corpo, dois nomes estampados em tatuagem: Theo e Pilar. Os filhos, as fortalezas dele. Antes de pensar em desistir, Gastón recupera as energias nos braços da família, onde tem a responsabilidade de ser um exemplo de perseverança.

"Eu nunca fui a um psicólogo, nada. Eu acho que a coisa mais bonita é a família. Eu acredito que a força de cada um vem daí. Você sabe que tem duas crianças atrás de você que te veem todos os dias. A gente não pode baixar a cabeça nem jogar a toalha, porque depois, quando eles forem grandes, vão me questionar: 'Por que quando você esteve sob pressão, jogou a toalha?' Então, eu quero ensiná-los, incutir neles que a vida é assim. São momentos. Há seis meses, queriam pagar minha passagem para eu ir embora, e hoje em dia querem que eu fique aqui. Então, algo de bom eu estou fazendo", disse.

Emprestado pelo Ajax-HOL até o final desta temporada, Gastón Ávila tem futuro incerto no Fortaleza. O defensor foi comprado pelo clube europeu por 12,5 milhões de euros em 2023 — equivalente a R$ 77 milhões na cotação de ontem — e tem contrato até o final de 2028. As cifras são fora da realidade do Leão do Pici.

Apesar disso, o desejo do jogador argentino é permanecer no Fortaleza para aproveitar mais o clube, ainda que ele deixe claro que a decisão não depende de si, mas sim do que for acordado entre o Leão e o Ajax. Ávila destacou, inclusive, que ele e sua família ficaram “encantados” com a cidade.

“A verdade é que eu gostaria de ficar, mas é como eu sempre digo, não depende de mim, e sim do que for acordado entre os clubes. Eu, de verdade, não me meto muito nessas conversas, mas, se me perguntarem, eu gostaria de ficar mais duas temporadas aqui e aproveitar mais o clube, porque só aproveitei seis meses", admitiu.

Um fator essencial na reviravolta foi a chegada de Martín Palermo. Segundo o zagueiro, o conterrâneo é uma pessoa fácil de conversar por ter vivido o futebol, esporte que “muitas vezes é cruel com as pessoas”.

"A verdade é que a chegada do Martín Palermo foi uma mudança muito grande para mim, porque é fácil falar com uma pessoa que viveu o futebol, né? Que viveu nesse ambiente. Porque o futebol muitas vezes é muito cruel com as pessoas. São fases, e agora, junto com Martín, estamos passando pela melhor fase, tanto eu quanto o time. Vocês estão vendo jogo a jogo", enfatizou.

"E a verdade é que, tanto para mim quanto para os meus companheiros, Martín transmite tranquilidade, transmite a tranquilidade de que é um jogo de futebol. Jogamos com muita garra, de verdade, mas não deixa de ser uma partida de futebol", finalizou.

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