Com a cearense Amandinha em quadra e o conterrâneo Wilson Sabóia no comando, a seleção brasileira de futsal feminino conquistou neste domingo, 7, em Manila, nas Filipinas, o título da primeira edição da Copa do Mundo Feminina organizada pela Fifa. O Brasil venceu Portugal por 3 a 0 e encerrou o torneio com 100% de aproveitamento.
A equipe controlou a final desde o início, administrou a pressão portuguesa e converteu as principais oportunidades em gols. A goleira portuguesa Ana Catarina, eleita a melhor do mundo, evitou um placar mais amplo ao fazer defesas decisivas ao longo da partida.
A brasileira Emilly, autora do primeiro gol da final, terminou o Mundial como artilheira, com sete gols, e foi eleita a melhor jogadora da competição. Entre 2010 e 2015, o Brasil tinha ganhado as seis edições anteriores do Torneio Mundial — antecessor desta Copa do Mundo —, que era organizado pelas federações nacionais. Desta vez, o certame teve a chancela da Fifa.
Portugal começou a decisão com marcação adiantada, dificultando a circulação de bola do Brasil. Aos seis minutos, Ana Catarina fez duas defesas seguidas e evitou a abertura do placar. Na sequência, o VAR analisou possível expulsão de Natalinha após contato com uma adversária, mas a árbitra aplicou apenas o cartão amarelo.
A partida seguiu equilibrada até a metade da primeira etapa, quando o Brasil encontrou espaço. Em jogada trabalhada, Ana Luiza enviou passe para Emilly Marcondes, que finalizou com força e abriu o marcador, assumindo a liderança da artilharia do torneio pelo critério de assistências.
Na volta do intervalo, o Brasil manteve o ritmo ofensivo. Com menos de três minutos, a cearense Amandinha, oito vezes eleita a melhor do mundo, aproveitou rebote e ampliou para 2 a 0. Pouco depois, a arbitragem marcou pênalti para Portugal após choque entre Ana Azevedo e a goleira Bianca, mas o VAR anulou a decisão. As portuguesas ainda pediram nova revisão por possível toque de mão de Ana Luiza, sem alteração da marcação.
Nos minutos finais, Portugal retirou a goleira para atuar com linha de cinco. O Brasil aproveitou o risco alheiro: Débora Vanin interceptou passe errado e acertou o gol vazio a dois minutos do fim, fechando o placar em 3 a 0. A atleta marcou em todas as partidas do Mundial.