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Em Fortaleza, surfista Filipe Toledo comenta sobre retorno ao Brasil e pausa na carreira
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Em Fortaleza, surfista Filipe Toledo comenta sobre retorno ao Brasil e pausa na carreira

Bicampeão do mundo em 2022 e 2023, o atleta participou do festival Tamo Junto BB
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Filipe Toledo durante bateria no festival Vamo Junto BB, em Fortaleza (Foto: Márcio David / WSL)
Foto: Márcio David / WSL Filipe Toledo durante bateria no festival Vamo Junto BB, em Fortaleza

O Festival Tamo Junto BB, que ocorreu entre os dias 10 e 14 de dezembro, em Fortaleza, recebeu diversos nomes do esporte nacional. Entre eles, destaca-se o surfista paulista Filipe Toledo, bicampeão do mundo. O atleta de 30 anos conversou com o Esportes O POVO e comentou sobre os passos de sua carreira e as expectativas para a temporada 2026.

Campeão do mundo em 2022 e 2023, o atleta participou de eventos festivos durante a estada na capital cearense. Entre eles, estavam uma bateria de surfe amistosa e uma partida de vôlei de praia. Junto dele, o também surfista Italo Ferreira e o canoísta Isaquias Queiroz participaram das ativações.

Ao Esportes O POVO, Filipinho falou sobre a "Brazilian Storm" — geração do surfe nacional do qual é um dos maiores expoentes —, sobre a pausa na carreira por conta da saúde mental e sobre o histórico em Fortaleza. 

O POVO: Em 2024 você abandonou a temporada vigente da WSL para tratar da saúde mental e da sua vida pessoal. Qual o impacto dessa pausa após um ano?

Filipe Toledo: 2024 foi um ano bem delicado, tive que tomar uma decisão com meu time, minha família, de parar, me cuidar e me preparar para 2025.

Foi muito necessário, vi uma grande diferença, o quanto eu evoluí com isso. Foi muito difícil, mas são barreiras que a gente está aí para poder superar e acabar evoluindo no fim do dia.

OP: Após 11 anos morando em San Clemente, você decidiu sair dos Estados Unidos e retornar ao Brasil. Por que tomar esta decisão?

Filipe: A preparação de 2026 está sendo no Brasil esse ano, o que muda em relação a temporadas passadas. Acho que isso vai agregar ainda mais na minha temporada, estar perto do treinador, da praia, sentindo o calor brasileiro, os fãs, estar perto da nossa cultura. Se Deus quiser, vai ser uma temporada de muito sucesso.

OP: Como você avalia o crescimento do surfe nacional, que aumentou exponencialmente depois que você, Gabriel Medina, Italo Ferreira e outros nomes começaram a vencer campeonatos mundiais?

Filipe: Acho incrível. Nos últimos anos o Brasil tem dominado não só no surfe, mas praticamente em todas as modalidades. Tem sido incrível fazer parte dessa geração que revolucionou. Tenho muito orgulho de todos os brasileiros que nos representam e feliz por fazer parte da "Tempestade Brasileira" que mudou todo o circuito mundial, conquistou vários títulos. Servimos de exemplo para a próxima geração e acho que estaremos bem representados no futuro.

OP: Foi a primeira vez que você surfou em Fortaleza?

Filipe: Tive a felicidade de ser campeão brasileiro amador aqui, na Praia do Futuro, se não me engano em 2012 ou 2013. Fico feliz de poder voltar, ver tantos fãs, amigos que saíram daqui. Muito maneiro estar de volta aqui recebendo esse carinho.

OP: A WSL recentemente retornou ao formato de pontos após algumas temporadas utilizando mata-mata para definir o campeão. Como você avalia essa mudança?

Filipe: Voltamos para o formato antigo, de alguns anos atrás. Tive a oportunidade de participar dos dois formatos, que é esse mais antigo, de pontos corridos, e o com o finals. Foi o maior prazer competir no finals, com essa tensão de tudo ser decidido no dia final do evento, mas é isso, no fim do dia o surfista tem que estar preparado para qualquer coisa, qualquer formato, qualquer onda.

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