O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura recebe nesta quinta-feira, 18, às 13 horas, o Seminário Estadual de Enfrentamento à LGBTIfobia no futebol, que tem como missão compartilhar boas práticas de combate à LGBTfobia e discutir ações como a finalização do Grupo de Trabalho de Enfrentamento à LGBTfobia nos Estádios. Estarão presentes no evento a presidente da LBGT Tricolor Bahia e Canarinhos LGBTQIAP+ do Brasil, Onã Rudá, e o coordenador do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (NUDTOR), Antônio Edvaldo de França.
Durante o evento, o Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+ irá apresentar, os dados do Anuário do Observatório da LGBTfobia no Futebol de 2025. O estudo reúne e sistematiza dados referentes ao ano de 2024.
Produzido desde 2022, o documento é tido como instrumento independente de monitoramento da LGBTfobia no futebol brasileiro, levantando dados e produzindo análise crítica, memória histórica, boas práticas institucionais e proposições de políticas públicas para o esporte.
Em análise prévia dos números de 2024, o estudo afirma que existem avanços pontuais em ações institucionais, cursos de letramento e articulações com clubes e órgãos públicos, mas a violência estrutural e sistemática contra pessoas LGBTQ+ segue sendo um problema no esporte, especialmente no futebol masculino.
Como métrica, o observatório analisa episódios envolvendo torcidas, atletas, comissões técnicas, dirigentes, arbitragem e ambiente institucional, ocorridos em estádios, centros de treinamento, redes sociais e meios de comunicação.
Entre os pontos de maior atenção da edição 2025 está a brusca queda no número atletas com o número 24 na Copinha. Reforçando o estigma homofóbico existente em torno da numeração, das 128 equipes participantes, apenas 32 utilizaram o número, contra 38 no ano anterior.
Dados envolvendo o mapeamento nacional de torcidas LGBTQ+ também estarão presentes no observatório. O estudo informa sobre organização, presença nos estádios, diálogo com clubes, existência de estatuto, ações políticas e culturais, mas denúncia a falta de reconhecimento institucional, segurança e apoio dos clubes.
Junto do diagnóstico feito, a pesquisa também destaca ações afirmativas e boas práticas adotadas por clubes, federações, torcidas e órgãos públicos, bem como iniciativas de formação, campanhas educativas e projetos articulados com o poder público.
Seminário Estadual de Enfrentamento à LGBTIfobia no futebol
Quando: 18 de dezembro de 2025, às 13 horas
Onde: Centro Dragão do Mar – Fortaleza (CE)