Hoje, às 18 horas, o Maracanã será o palco de uma decisão eletrizante. Vasco e Corinthians entram em campo pelo jogo de volta da final da Copa do Brasil, no Rio de Janeiro, com o cenário de mais absoluto equilíbrio, após o empate em 0 a 0 na última quarta-feira, 17, na Neo Química Arena, em São Paulo.
As duas potências nacionais não vivem os momentos mais gloriosos de suas trajetórias. Por isso, erguer o troféu significa mais do que uma conquista: é um reencontro com a própria essência vencedora. O Cruzmaltino busca apenas sua segunda taça nacional neste século — a única, até aqui, foi justamente a Copa do Brasil de 2011, conquistada sobre o Coritiba.
O Timão, por sua vez, tenta deixar para trás um período de seis anos marcado por instabilidades e escândalos de corrupção nos bastidores. Para o Alvinegro Paulista, a vitória vale o tetracampeonato da competição, quebrando um jejum que perdura desde 2009, quando bateu o Internacional na decisão.
Mandante, a equipe comandada por Fernando Diniz aposta no calor de um Maracanã lotado para sair campeã. A atuação sólida no duelo de ida injetou doses extras de confiança e esperança na torcida, que sonha em ver o troféu tomar o rumo de São Januário. Diferentemente do rival, o time carioca trilhou um longo caminho desde a fase inicial do torneio.
Para chegar à grande final, o Vasco superou União-MT, Nova Iguaçu-RJ, Operário-PR, CSA-AL, além dos clássicos contra Botafogo e Fluminense. Ao todo, foram 11 partidas, com quatro vitórias, seis empates e apenas uma derrota. O único revés, diante do Tricolor das Laranjeiras, não abalou os planos da equipe, que garantiu a classificação nos pênaltis.
Para o confronto decisivo, Diniz terá desfalques importantes no setor defensivo e no meio-campo: Lucas Piton e Matheus Carvalho. Ambos se recuperam de graves lesões ligamentares no joelho e estão fora do embate.
O grande trunfo corintiano para faturar a taça atende pelo nome de Dorival Júnior. O comandante possui um currículo invejável no torneio e, assim como o próprio clube, persegue o seu quarto título pessoal — após ter vencido com Santos (2010), Flamengo (2022) e São Paulo (2023).
Além da experiência estratégica, o retrospecto como visitante joga a favor do Timão: a equipe venceu todos os compromissos realizados fora de seus domínios nesta edição. De modo geral, a campanha paulista é marcada pela consistência defensiva e eficiência.
Em nove jogos disputados, foram oito vitórias e apenas uma derrota, com um saldo de dez gols marcados e somente dois sofridos. No caminho até a grande final, o Alvinegro despachou adversários de peso, como Palmeiras, Athletico-PR e Cruzeiro.
Um jogo que vai ficar na história, seja qual for o vencedor. A mística do Maracanã e a tradição de duas das maiores torcidas do país garantem que, após o apito final, o futebol brasileiro terá escrito mais um capítulo inesquecível de sua rivalidade centenária.
Vasco
4-3-3: Léo Jardim; Paulo Henrique, Cuesta, Robert Renan e Puma Rodríguez; Cauan Barros, Thiago Mendes e Coutinho; Nuno Moreira, Andrés Gómez e Rayan. Téc: Fernando Diniz
Corinthians
4-4-2: Hugo Souza, Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu; Maycon, Raniele, Breno Bidon e Rodrigo Garro; Memphis Depay e Yuri Alberto. Téc: Dorival Junior
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 21/12/2025
Horário: 18 horas
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio-Fifa/GO
Assistentes: Bruno Boschilia-Fifa/PR e Victor Hugo Imzau dos Santos-Fifa/PR
VAR: Marco Aurélio Fazekas-VAR-Fifa/MG
Transmissão: Amazon Prime, TV Globo, Premiere e Sportv