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Prós e contras do Xilitol
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Prós e contras do Xilitol

O produto natural tem ganhado popularidade e se mostrado benéfico como substitutivo do açúcar na alimentação. A desvantagem é preço. Nutricionistas indicam baixa dosagem diária
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De origem natural e com sabor mais aproximado do açúcar branco comum, o xilitol - uma substância adoçante - tem se tornado cada vez mais procurado em lojas de produtos orgânicos. É que além de ser de baixa caloria, o pó branco tem como vantagem não ter o cheiro ou sabor de outras substâncias. No entanto, o custo do produto é bem mais alto do que o açúcar branco ou mesmo o adoçante de stévia, outra opção natural que se popularizou. Uma lata com 300 gramas de produto custa, em média R$ 50.

 

“O xylitol é um poliol, ou seja, um álcool de açúcar, e que pode ser encontrado na natureza em frutas, vegetais e algas e se caracteriza por ser um pó branco, inodoro com sabor doce. Ele é um edulcorante, ou seja, uma substância com baixo valor calórico que adiciona sabor doce aos alimentos”, explica a nutricionista Manu Ribeiro.

 

Segundo ela, uma grande vantagem do xilitol é que a metabolização é independente de insulina, o que torna a absorção muito mais lenta e não provoca pico de glicemia como os açúcares comuns.

Outra importante propriedades é a ação anti-cárie por estimular a produção de saliva e controlar o pH bucal. “Existem ainda estudos relacionando o xilitol como sendo benéfico no tratamento e prevenção de osteoporose e infecções respiratórias”, explica a nutricionista.

A alternativa é utilizada principalmente em dietas low carb, baseadas na diminuição na ingestão diária de carboidratos e o aumento do consumo de proteínas e gorduras “boas”. Apesar de estar em alta mais recentemente, a defensora pública Glaiseane Lobo, 38, já faz uso do xilitol há cerca de dois anos.

 

“Eu comecei a usar porque já não usava açúcar branco há uns 15 anos. Foi uma transição. Comecei a usar açúcar mascavo, depois demerara, açúcar de coco e passei para os adoçantes”, explica. Conforme ela, houve a tentativa de usar adoçante à base de stévia, mas o sabor residual incomodava. Por estímulo da irmã, ela passou a usar xilitol e aprova os resultados. “Tem um preço alto, mas eu uso só no essencial e vejo os benefícios como um investimento”, conclui Glaiseane.

 

A nutricionista Tanara Ferreira explica que a substância pode ser levada ao forno e fogão. Ela alerta que, ainda que natural e com menor potencial calórico, é preciso que o uso seja moderado. “O xilitol é uma boa opção, mas o ideal é que seja uma transição e que haja uma educação do paladar, frutas, sucos já têm seu próprio sabor e sua própria doçura. Até o café é importante que seja consumido com o amargor próprio”, explica. De acordo com ela, a média de uso deve ser entre 50 e 60 gramas por dia.

 

Ainda conforme a especialista, o uso demasiado pode ter efeitos colaterais como gases, diarreia e outros desconfortos intestinais. “Ainda não há nenhum efeito colateral além desses apontados, mas por ser algo muito novo é sempre importante o uso equilibrado”, diz.

 

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