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Conheça algumas medidas de segurança adotadas para retorno às aulas presenciais
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Conheça algumas medidas de segurança adotadas para retorno às aulas presenciais

A volta de alunos às escolas vem ocorrendo de forma gradual e de diferentes modelos pelo mundo
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 No Ceará, a retomada das aulas presenciais ainda não tem data certa (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil))
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)  No Ceará, a retomada das aulas presenciais ainda não tem data certa

Redes de ensino já se preparam para o retorno às aulas presenciais após o período de atividades remotas devido à pandemia do novo coronavírus. No Ceará, a retomada está prevista para julho, de acordo com o plano elaborado pelo Governo do Estado. No entanto, a data pode mudar a depender do impacto que a reabertura de outros serviços possa ter sobre a incidência da doença no território cearense. O POVO listou assim medidas que podem ser adotadas por escolas no Estado e como outros países no mundo voltaram ao ensino presencial.

Um documento com orientações da seccional cearense da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) deve ser divulgado nas próximas semanas. O material visa orientar os municípios no retorno às aulas. Conforme o secretário de educação do município de Coreaú, Arcelino Batalha, distante 297 quilômetros de Fortaleza, uma das propostas feita pela cidade foi a da instalação de túnel de desinfecção nas escolas. Outro aspecto importante será a do distanciamento social, nas salas, nos espaços de convivência das escolas e no transporte escolar. 

A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) afirma que está ouvindo todas as pessoas envolvidas no processo para uma retomada coerente e segura, respeitando as normas sanitárias orientadas pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Além disso, frisa que realiza contato com outros estados brasileiros, por meio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), e que identifica experiências e protocolos adotados por outros países.

Em universidade

Na Universidade Estadual do Ceará (Uece), o plano de retorno está sendo feito por dois grupos técnicos. Um está responsável por iniciativas acadêmicas de término do semestre. E outro por ações de enfrentamento ao novo coronavírus dentro da Instituição. Josete Sales, reitora pro tempore, destaca a necessidade do trabalho intersetorial para a volta ocorrer com total segurança. Além do diálogo com as secretarias estaduais, ela frisa conversas com as prefeituras de municípios com campus da Universidade. Uma das pautas é a compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s).

No centro da epidemia no Brasil

Na terça-feira, 2, o jornal O Estado de S. Paulo antecipou parte das diretrizes do retorno das escolas de São Paulo, maior rede de ensino do País. A expectativa é de que o plano seja anunciado amanhã. Entre os pontos estão: uso obrigatório de máscaras e aulas presenciais com 20% dos estudantes a cada dia da semana. Além disso, de acordo com a reportagem, a retomada deve priorizar as turmas mais avançadas, como o 3º ano do Ensino Médio. 

UM NOVO CENÁRIO

Mudanças que podem acontecer na rotina dos estudantes:

- Temperatura corporal verificada diariamente;

- Abraços e apertos de mão proibidos;

- Uso obrigatório de máscaras com viseiras;

- Nas redes municipais, o ensino fundamental II deve ter aulas presenciais primeiro. Depois, o ensino fundamental I. Por último, o ensino infantil;

- Desinfecção das mãos com álcool gel ao entrar e ao sair da escola;

- Rodízio de turmas em dias intercalados;

- Intervalos para alimentação dentro da própria sala de aula ou em horários diferentes para as turmas;

- Grupos de alunos devem entrar e sair da escola em horários diferentes;

- Portar os próprios recipientes para alimentação e água;

- Crianças com temperatura acima do permitido serão encaminhas de volta para casa ou a uma unidade básica de saúde;

- Com público mais velho, os estudantes do Programa Educação de Jovens e Adultos (EJA) devem receber vídeos-aulas produzidos através dos módulos educacionais pelos professores responsáveis.

Mudanças nas escolas:

- Túnel de desinfecção;

- Instalação de pias com pedal para lavagem de mãos;

- Funcionários devem vestir roupa de proteção;

- Reorganização de horários e espaços para garantir distância entre os alunos;

- As creches públicas seguirão com as aulas a distância, através de plataformas virtuais;

- Espaço de 1,5 metro entre as carteiras;

- Os ambientes das salas de aulas deverão ser diariamente desinfetados logo após o término de cada turno escolar;

- Ônibus escolares com ocupação reduzida.

FONTE: Prefeitura de Coreaú (Undime-CE)

MODELOS PELO MUNDO

China

- Retorno gradual, sem uniformidade no País.

- Câmeras infravermelhas para detectar febre nos alunos.

- Protetores individuais de acrílico nas salas de aula.

- Chapéu de papelão, com uma régua de um metro para cada lado, para evitar contato próximo entre as crianças.

- Alguns distritos adotaram pulseira eletrônica que emite alerta em caso de febre.

- Instituições de Pequim disponibilizam para cada aluno um termômetro para medir a própria temperatura duas vezes por dia.

- Refeitórios fechados; lanches dentro da sala de aula.

- Em Pequim e Xangai, apenas alunos do último ano do ensino médio retornaram às aulas presenciais.

França

- Volta gradual. 

- Escolas desinfectadas e máscaras distribuídas.

- Consulta com os pais para possibilidade de retorno dos filhos.

- Distribuição de e-books sobre higiene.

- Em 18 de maio, foram mapeados 70 casos em sete escolas reabertas e o país decidiu fechar as escolas novamente.

Dinamarca

- Distância de dois metros entre as carteiras.

- Tempo do intervalo reduzido.

- Lavagem das mãos a cada hora.

- Proibiu alunos de levarem brinquedos de casa à escola.

- Turmas divididas em grupos de 3 ou 4

Alemanha

- Retorno escalonado das turmas, priorizando os mais velhos.

- Testes duas vezes na semana. Quando um aluno dá negativo, ele passa a circular com um adesivo verde e sem máscara até o próximo teste.

- Algumas escolas transformaram corredores em vias de mão única.

- Prioridade para abertura de portas e janelas.

Portugal

- Material de higienização disponível nas escolas.

- Uso de pavilhões e anfiteatros para evitar aglomeração.

- Contratação de mais professores.

- Distribuição de milhões de máscaras para 500 unidades de ensino.

Fonte: Site Escolas Exponenciais

 

 

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