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Um mundo de oito bilhões de pessoas
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Um mundo de oito bilhões de pessoas

Entenda os fatores que fizeram a estimativa de vida aumentar no mundo e também no Brasil
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Pessoas com máscara csminhsm no centro do Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Pessoas com máscara csminhsm no centro do Rio de Janeiro

O mundo bateu a marca de oito bilhões de habitantes, no dia 15 de novembro, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). O feito, segundo o órgão internacional, foi concretizado graças ao crescimento da população mundial, aliado ao aumento gradativo da expectativa de vida do ser humano graças a melhorias na saúde pública, nutrição, higiene pessoal e altos e persistentes níveis de fecundidade em alguns países.

O secretário-geral da ONU, o português António Guterres, associa, em artigo de opinião, o crescimento populacional a avanços tecnológicos e inovações revolucionárias que aumentaram a expectativa de vida e ofereceram melhores condições para a saúde da população mundial.

Importante mencionar que o crescimento populacional se dá por uma série de fatores que conseguem explicar o motivo do crescimento, dentre eles:

Aumento da expectativa de vida: mesmo com a queda considerável para 71 anos em 2021, em decorrência da pandemia da Covid-19, a expectativa de vida da humanidade tem aumentado nos últimos cinco anos, chegando a 72,8 em 2019. Estima-se que, até 2050, esse número chegue a 77,2.

Taxa de fertilidade: o crescimento da população depende principalmente das tendências das taxas de fertilidade. De acordo com a World Population Prospects, a taxa mundial sofrerá queda de 2,3 filhos em 2021 para 2,1 filhos por mulher em 2050.

Migração internacional: a migração é um fenômeno mundial que tem pouca influência nas mudanças populacionais, mas que, em alguns países e áreas, muda cenários completamente. Exemplo são os países que recebem ou enviam migrantes econômicos e aqueles que são mais afetados por movimentos de refugiados.

Países mais populosos do mundo (1990-2021-2050)

1990

  1. China: 1.144.000.000
  2. Índia: 861.000.000
  3. Estados Unidos: 246.000.000
  4. Indonésia: 161.000.000
  5. Brasil: 149.000.000
  6. Rússia: 148.000.000
  7. Japão: 123.000.000
  8. Paquistão: 114.000.000
  9. Bangladesh: 106.000.000
  10. Nigéria: 94.000.000

2021

  1. China: 1.426.000.000
  2. Índia: 1.412.000.000
  3. Estados Unidos: 337.000.000
  4. Indonésia: 275.000.000
  5. Paquistão: 234.000.000
  6. Nigéria: 216.000.000
  7. Brasil: 215.000.000
  8. Bangladesh: 170.000.000
  9. Rússia: 145.000.000
  10. México: 127.000.000


2050 (*Estimativas)

  1. Índia: 1.668.000.000
  2. China: 1.317.000.000
  3. Estados Unidos: 375.000.000
  4. Nigeria: 375.000.000
  5. Paquistão: 366.000.000
  6. Indonésia: 317.000.000
  7. Brasil: 231.000.000
  8. República Democrática do Congo: 215.000.000
  9. Etiópia: 213.000.000
  10. Bangladesh: 204.000.000


Fonte : World Population Prospects 2022 results - United Nations Organization

Países com migração líquida acima de 1 milhão
(2010-2021)

Por movimentos temporários de trabalhadores

  1. Paquistão: 16,5 milhões
  2. India: 3,5 milhões
  3. Bangladesh: 2,9 milhões
  4. Nepal: 1,6 milhão
  5. Sri Lanka: 1 milhão

Saídas impulsionadas por conflitos e inseguranças

  1. Ucrânia: 13 milhões*
  2. República Árabe da Síria: 4,6 milhões
  3. Venezuela: 4,8 milhões
  4. Myanmar: 1 milhão

* O conflito na Ucrânia obrigou as pessoas a saírem de suas casas em busca de segurança, proteção e assistência. No final de maio de 2022, o conflito havia deslocado cerca de 13 milhões de pessoas, incluindo 6,8 milhões de refugiados que fugiram da Ucrânia, principalmente cruzando para a Polônia e outros países vizinhos

Fonte : World Population Prospects 2022 results - United Nations Organization



Ano de cada bilhão de pessoas

  • 1 bilhão - 1804
  • 2 bilhões - 1927
  • 3 bilhões - 1960
  • 4 bilhões - 1974
  • 5 bilhões - 1987
  • 6 bilhões - 1999
  • 7 bilhões - 2011
  • 8 bilhões - 2022
  • 9 bilhões - 2037*
  • 10 bilhões - 2057*
  • 11 bilhões - 2100*

*Estimativas
Fonte : Organização das Nações Unidas

Sobre o Brasil

O povo brasileiro vem de uma diversidade de etnias que por aqui chegaram na época da colonização. Essa diversidade é chamada de miscigenação. Sebastião Rogério, historiador da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que, a princípio, no Brasil Colônia existia o indígena, o português e o africano. “A partir do século XIX, com a introdução de imigrantes europeus e asiáticos, o País passou a ter italianos, espanhóis, japoneses, alemães e, em menor escala, sírios-libaneses”, afirma.

Nos primeiros anos do século XX, a expectativa de vida no Brasil era aproximadamente 33 anos, enquanto nos países mais desenvolvidos era de 47 anos. Sebastião pontua que isso se dava pelas recorrentes epidemias e surtos de doenças letais como varíola, cólera, tuberculose, pneumonia, gastroenterite, dentre outras doenças causadas, sobretudo, pela má higiene, falta de saneamento, subalimentação e fome da grande maioria da população brasileira.

Atualmente, graças aos avanços na ciência e tecnologia, a expectativa de vida dos brasileiros aumentou, chegando a 72,2 anos de vida em 2019. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, entre os anos de 2012 e 2021, o índice da população com menos de 30 anos caiu 5,4%.

Expectativa de vida dos brasileiros de 1950 até hoje


1950 - 50,9 anos

1970 - 57 anos

1991 - 67 anos

2000 - 69,9 anos

2010 - 73,9 anos

2020- 76,8 anos (sem contar com a pandemia)


Dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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