Clarões desenham o céu encantando e assombrando quem assiste ao espetáculo luminoso das noites chuvosas de Fortaleza nestes primeiros meses de 2023. No país considerado campeão mundial de raios, o Brasil, cerca de 70 milhões de raios são registrados anualmente, conforme dados levantados pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Mas, afinal, o que são e como se formam essas descargas elétricas?
O professor da Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) e mestre em Ensino de Física pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), Marcos Willian elucida que para entender melhor o fenômeno é importante saber a diferença entre raios, relâmpagos e trovões.
"Raio corresponde à descarga elétrica que ocorre entre a nuvem e o solo, ou até mesmo dentro da própria nuvem. Os trovões, o estrondo que muitos temem, correspondem ao fenômeno sonoro dessa descarga elétrica. [...] Já o relâmpago corresponde ao efeito luminoso dessa descarga elétrica", elucida.
Segundo ele, à medida que o raio viaja, ele aquece o ar a uma temperatura que pode chegar a 30.000°C, ocasionando o brilho intenso do relâmpago. No trovão, a corrente elétrica produz aquecimento de massas de ar, fazendo com que as mesmas sofram uma grande expansão, resultando em uma onda de choque sonoro.