O caso da A. rupicola, no entanto, não é isolado. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) reconhece 67 espécies de borboletas sob risco no Brasil. A informação é da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção.
Destas, 13 estão no nível "vulnerável". Das cinco categorias da IUCN, esta é a terceira mais grave antes da extinção. A partir deste ponto, passa a existir a necessidade de ações para reduzir as ameaças à espécie, como caça ou destruição de habitat.
Outras 28 são consideradas "em perigo", a mesma da borboleta-guerreira-das-pedras - que se tornará a 29ª da categoria caso o estado de conservação se confirme. Este nível está acima do "vulnerável" e indica que a população de uma espécie tem apresentado redução significativa, que seu habitat conhecido está diminuindo, ou, como no caso da A. rupicola, que uma espécie recém-descoberta foi encontrada em um local que está sendo destruído pela ação humana.
Há, por fim, 26 espécies consideradas "criticamente em perigo". Este é o nível mais grave de ameaça, com os mesmos critérios do "em perigo", mas em maior intensidade. Esta categoria passa a "extinto na natureza" caso os únicos exemplares conhecidos estejam em cativeiro.
Neste último nível, das borboletas brasileiras, três são consideradas "possivelmente extintas". Esta categoria é temporária e usada quando cientistas não encontram mais um organismo considerado "criticamente em perigo" em seu habitat, e os esforços de pesquisa deixam de ser apenas em prol da conservação e passam a visar até mesmo que se achem novos exemplares daquela espécie na natureza.