Em eventual contaminação, um dos sistemas afetados pelo chumbo é o cardiovascular. Por ser um metal pesado, a substância pode resultar na lesão de órgãos ligados ao coração, dependendo da quantidade a qual o consumidor foi exposto.
A questão pode ser agravada devido ao efeito cumulativo que o chumbo tem no nosso organismo. Segundo o cardiologista Augusto Vilela, o corpo humano não consegue expelir as quantidades ingeridas desse material e por isso, com o passar do tempo, se torna cada vez mais vulnerável aos danos causados por ele.
No sistema cardiovascular, a presença de chumbo pode alterar a pressão arterial e aumentar o risco de arritmias, a partir do estímulo de fenômenos elétricos dentro do corpo. Outro ponto ressaltado pelo médico é o perigo que o uso inadequado do material pode ter para gestantes, já que o chumbo ingerido pode chegar até o feto, prejudicando o desenvolvimento da criança.
“Uma gestante que tenha contato com o chumbo, esse chumbo pode atingir o feto e levar a lesões irreversíveis no feto, principalmente no sistema nervoso central”, alerta Augusto.
Para os homens, o risco está em uma possível redução do número de espermatozoides produzidos, o que pode levar a alterações genéticas nos descendentes de um pai exposto ao chumbo.