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O Brasil de Rogéria, de Vittar, de Groove
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O Brasil de Rogéria, de Vittar, de Groove

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É provável que você já tenha ouvido falar em alguns nomes muito importantes do cenário da arte drag no Brasil, como Rogéria e Jane di Castro. Juliano Bentes explica que no Brasil não existiu um momento de retomada, porque além de poucos serem os registros, o fenômeno de montação em terras latinas tem o nome de "transformismo". Em parte, é igual e ao mesmo tempo distinto da cena drag que veio de fora para cá.

"Temos diversos exemplos de montação antigos, principalmente nas construções teatrais, mas ousaria chutar que o primeiro grande ícone da cena da montação que atingiu uma escala de fama exercendo a função no Brasil foi Madame Satã, no final dos anos 1920", expõe.

Além de Madame Satã, nomes como Darwins, Ivaná, Welluma Brown, Elke Maravilha e Dzi Croquettes ganharam notoriedade — principalmente na época do Teatro de Revista.

Ao falar de Rogéria, Bentes cita que a musa foi muito importante para o transformismo no Brasil. "Ela abriu muitas portas para profissionais e sendo uma grande profissional mostrou muitas vezes a qualidade do trabalho de pessoas LGBTQIA em épocas que o preconceito era muito mais escancarado, como ela mesma se referia sobre si, era a travesti da família brasileira, muita gente gostava dela, invadiu muitos espaços", completa.

Atualmente, algumas drag queens famosas no cenário artístico são Marcia Pantera, Organzza, Deydianne Piaf, Rita von Hunty e Betina Polaroid.

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