Apesar dos inúmeros avanços conquistados pela população LGBTQIAPN , ainda há um caminho de batalhas contra o preconceito pela frente. No Brasil, esse fato pode ser comprovado por meio de dados preocupantes como, por exemplo, os divulgados pelo Anuário da Segurança em 2023, que apontou o Ceará como o estado brasileiro que mais registrou mortes violentas contra integrantes da comunidade.
Para conseguir combater a violência contra a população desse grupo, a defensora pública Lia Felismino pontua que é preciso um avanço "na perspectiva da justiça, da reparação e da responsabilização".
"Quando você cria políticas públicas que garantam o acesso a emprego, a saúde dessa população, você também promove de uma forma indireta a redução da violência contra essas pessoas, porque você promove também educação em direitos. Conviver em diversidade, em pluralidade também é uma ajuda nesse sentido de redução de preconceitos. A gente ainda precisa avançar muito", diz.
Andrea Rossati, que é também Coordenadora da Diversidade Sexual de Fortaleza, frisa que combater o preconceito passa por elaborar ações na área da educação, da segurança e da saúde. Na Capital, por exemplo, ela destaca a formação sobre educação e diversidade dentro das escolas. Além disso, em maio último, foi lançada a Patrulha da Diversidade, para atuar no acolhimento e no encaminhamento das vítimas de violências.
"Essa LGBTfobia, essas violações, elas não vão encerrar só com a luta do movimento da população LGBT. A gente precisa da população hetéro, da população cis, de homens e mulheres de boa vontade", defende. "Não é com o ódio que a gente vai superar essas ações, é com amor. Só o amor consegue acabar com o ódio, só o amor vai conseguir mudar essa realidade".