Cada personagem do longa personifica diferentes aspectos da luta humana, como redenção e justiça, reverberando as tensões sociais e políticas do país na época. Traçando um paralelo direto com acontecimentos reais, como o massacre de canudos, por exemplo.
"Deus e o Diabo na Terra do Sol" vai além de sua importância temática e estilística. Foi lançado em um momento de agitação no Brasil, quando o País estava prestes a entrar na ditadura militar, trazendo uma visão progressista e provocativa, gerando debates acalorados sobre a desigualdade social. Desde de então, o longa tem sido objeto de estudo e análise em universidades e instituições culturais por todo o mundo.
Além de representar um marco na história do cinema brasileiro, o longa serve como um testemunho duradouro do poder da sétima arte como uma das poucas formas capazes de provocar reflexões profundas e duradouras, sendo capaz de inspirar mudanças sociais e até mesmo políticas.
O filme de Rocha permanece como um símbolo criativo e ousado do nosso cinema até os dias de hoje. Com sua estética única e narrativa poderosa, o longa permanece como um testemunho vivido dentro da arte de forma transformadora. Celebrar seus 60 anos de existência nos lembra da importância de desafiar as convenções, questionar injustiças e lutar por um mundo justo e igualitário.