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Alergia uma doença silenciosa no Brasil
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Alergia uma doença silenciosa no Brasil

| RESPOSTA IMUNOlÓGICA | 35% da população brasileira tem alergia, considerada uma das cinco primeiras causas de internação no SUS
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Alergias: Uma epidemia silenciosa no Brasil (Foto: Reprodução/ Freepik)
Foto: Reprodução/ Freepik Alergias: Uma epidemia silenciosa no Brasil

Presente na vida de cerca de 35% da população brasileira, a alergia é a quinta maior causa de internações no Sistema Único de Saúde (SUS), conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Caracterizadas por uma resposta imunológica exacerbada a determinadas substâncias, as reações alérgicas podem levar a complicações graves e exigir atendimento emergencial.

O clima seco e o ar frio, que podem ser irritantes para a via respiratória, contribuem para o aumento de crises alergicas no País. A OMS reforça que as infecções virais costumam ser mais frequentes no inverno, pois ao contrário do verão, onde as pessoas circulam mais em ambientes externos, no inverno há uma procura maior por ambientes fechados, o que leva à aglomeração e maior transmissão do vírus.

De acordo com o alergologista Bruno Paes Barreto, coordenador do Departamento Científico de Alergia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), as alergias se manifestam de diversas formas, incluindo as alergias alimentares, cutâneas, respiratórias, dentre outras.

O alergologista destaca que geralmente as causas vão depender do tipo de alergia. No caso da anafilaxia, a pessoa pode ter manifestações mais comuns na pele e ficar com manchas vermelhas no corpo, podendo ter coceira ou inchaço nas pálpebras e nos lábios.

Além disso, podem ocorrer sintomas gastrointestinais que causam náuseas, vômitos e dor abdominal com reação imediata após entrar em contato com algo que causa alergia.

Os sintomas respiratórios pode ser tosse, o chiado e a falta de ar, mais presente para quem tem asma. As pessoas também podem ter sintomas cardiocirculatórios, que é quando tem tontura, sensação de desmaio e às vezes causando até desmaio.

O alergologista informa que nesses casos é essencial buscar a unidade de saúde para que os sintomas possam ser controlados e que seja feito o tratamento da forma correta para que a pessoa volte a melhorar. Inicialmente, pode ser procurado um clínico geral ou um pediatra se o paciente for criança. Mas se for um caso mais complicado, deve-se buscar uma avaliação de um especialista, o alergologista.

Dúvidas

Como funcionam os
testes alérgicos?

Você pode realizar os testes alérgicos, que podem ser o diagnóstico feito na pele, que é o teste cutâneo de leitura imediata. Além dele existe o teste feito no sangue para descobrir o agente causador da alergia.

Porém, não é possível detectar algumas alergias por exames de diagnóstico e vai ser necessário realizar um diagnóstico clínico, no qual o médico pode solicitar o afastamento daquele alérgico e observar a resposta clínica, chamado de relação de causa e efeito.

As alergias são
doenças crônicas?

Sim, então geralmente quando você tem um sintoma crônico que, por exemplo, é o caso de rinite alérgica, você tem coriza, espirros, entupimento, coceira no nariz com bastante frequência. São sintomas que se assemelham ao quadro gripal, mas eles começam a interferir diariamente ou semanalmente na sua atividade, no seu dia a dia, geralmente isso é capaz de ser um quadro alérgico, porque os quadros infecciosos tipo gripe não vão se repetir com tanta frequência, já o quadro alérgico, ele pode acontecer diariamente.

Quando procurar
a unidade de saúde?

Na presença de um sintoma que esteja se repetindo com muita frequência, que se torne crônico e pode ser um quadro alérgico, tanto se for respiratório quanto se for cutâneo, talvez seja preciso procurar a assistência. Pode ser inicialmente a unidade básica de saúde.

Para qual unidade de
saúde ir quando estiver com alergia?

Em casos de sintomas leves como coceira e vermelhidão, a orientação é que a pessoa busque atendimento em um posto de saúde. Já para casos mais graves, a recomendação é procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima.


Fonte: Bruno Paes Barreto, coordenador do Departamento Científico de Alergia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Fabiane Pomiecinski, presidente da Asbai Regional Ceará e Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).

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