Questionada se esse “apodrecimento cerebral” pode ser revertido, a psicopedagoga Eyla Cavalcante menciona que a principal alternativa é estabelecer um limite no tempo de tela ao qual o usuário está exposto.
“É preciso ter a noção do que está acontecendo. Às vezes a pessoa tem noção, mas não consegue parar, quando isso ocorre, não basta só tentar reduzir o tempo, às vezes ela vai precisar de um apoio maior, suporte psicológico ou até psiquiátrico”, pontua.
Além disso, Eyla cita que pesquisas recentes apontam um aumento significativo nos casos de pessoas com depressão e desesperança causadas pelos estímulos negativos que causam estes sentimentos. Em algumas situações, conforme a psicopedagoga, o usuário substitui a leitura de um livro pela tela, o que resulta no agravamento de insônia e dificuldades para dormir.
“É comum que a gente faça orientação parental para que as crianças, jovens e até mesmo adultos abandonem a tela pelo menos três horas antes de dormir, fazendo um detox. É durante o sono que nossas memórias se restauram”, cita.