Cães e gatos, assim como a maioria dos mamíferos, também passam pelo processo de troca dentária, no qual há a troca dos dentes de leite pelos permanentes, quando filhotes.
Eles nascem sem dentes, que são desenvolvidos por volta de 15 a 32 dias após o seu nascimento e caem num período de 4 a 7 meses de idade para o desenvolvimento da sua dentição permanente, que é completamente formada quando o animal completa entre 9 meses e 1 ano de vida.
O processo dura em torno de 1 a 2 meses, variando entre a espécie e a raça do animal em análise, e, quando o dente começa a amolecer, ele pode cair em poucos dias ou semanas, dependendo do animal.
Geralmente, os dentes decíduos, popularmente conhecidos como "dentes de leite", caem sozinhos e são encontrados pelos tutores em cantos da casa.
"Quando eu varria a casa, encontrava uns 'pedacinhos pequeninos' e percebia que era o dente dela. Depois eu abria a sua boca e via o buraquinho na gengiva", comenta a bancária Julliana Albuquerque, de 45 anos, sobre o período em que a sua cadela, Nina, estava passando pela troca dentária.
Os dentes de leite são brancos, pequenos, mais finos e quadrados, enquanto os permanentes são maiores, mais arredondados e amarelados, segundo especialistas. Em média, os cachorros têm 28 dentes de leite (substituídos por 42 permanentes, no total) e os gatos têm 26 (substituídos por 30, no total).
A troca dentária é natural de todos os animais, segundo a médica veterinária especialista em felinos Júlia Palumbo, e também é desconfortável para eles, podendo doer e coçar, mas em intensidades diferentes - variando o grau entre os animais e suas espécies.
Sendo esse um dos motivos pelos quais os filhotes de cães e gatos roem objetos e destroem móveis da casa: eles estão procurando uma forma de aliviar o desconforto vindo da troca de dentes, explica a médica veterinária Hellen Melina.
Para os filhotes, os dentes de leite são cruciais para o seu desenvolvimento, porque são necessários para que explorem o ambiente no qual estão se adaptando nos seus primeiros meses de vida e para triturar alimentos sólidos introduzidos na sua rotina alimentar pós-desmame do leite materno.
"Eles também preparam o espaço e alinham a gengiva para os dentes permanentes que virão", adiciona.
Sintomas
Gengivas avermelhadas e inflamadas;
Presença de tártaro (manchas ou depósitos marrons no dente);
Dificuldade em mastigar;
Salivação excessiva;
Preferência por alimentos macios;
Perda de apetite.
Cuidados com dentes de leite
Escovação diária para evitar a formação de tártaro, doenças periodontais e reabsorção óssea;
Oferecer brinquedos próprios para morderem e aliviarem a coceira na gengiva
Evitar objetos duros que possam quebrar seus dentes;
Realizar acompanhamento veterinário.
Fonte: veterinárias
Júlia Palumbo e Hellen Melina