De acordo com o Inventário dos Povos de Terreiro do Ceará, feito pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), pelo menos 89,2% das lideranças de terreiro sofreram algum tipo de preconceito religioso.
A maioria das lideranças, 298 delas (60,32%), afirmou ter sofrido Racismo/Intolerância religiosa praticada por evangélicos". Em complemento, as indicações das lideranças acerca de "Racismo/Intolerância religiosa praticada por evangélicos", ou seja, as vezes que esta opção foi marcada, correspondem a 23% de todas as marcações realizadas na questão.
No caso específico do Ceará, das 494 lideranças entrevistadas, 183 (37%) afirmaram ter sido vítima de "Racismo/Intolerância religiosa praticada por católicos", 148 (29,9%) afirmaram ter sido vítima de "Racismo/Intolerância religiosa praticada por pessoas de outras religiões" e 132 (26,7%) afirmaram ter sido vítima de "Racismo/preconceito étnico-racial".
Algumas leis combatem a intolerância religiosa e outros crimes de preconceito voltados à comunidade negra. São exemplos a Lei 11.635/2007, que institui o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data é comemorada anualmente em todo território nacional no dia 21 de janeiro.
Outro decreto é a Lei 14.532/2023, que equipara a injúria racial ao crime de racismo e reforça a proteção à liberdade religiosa.