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Rommel Feijó é condenado a 16 anos de prisão
Farol

Rommel Feijó é condenado a 16 anos de prisão

| Máfia das Ambulâncias | Em 2004, a CGU revelou que uma quadrilha de parlamentares desviava verba pública destinada a compra de ambulâncias
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O médico cearense e ex-deputado federal Rommel Feijó, 65, foi condenado no escândalo que ficou conhecido nacionalmente por Máfia das Ambulâncias ou das Sanguessugas. O ex-parlamentar, que também ostenta no currículo o título de administrador hospitalar, foi sentenciado a 16 anos, 10 meses e 24 dias de prisão em regime fechado por ter recebido "vantagens indevidas" num esquema de destinação de emenda parlamentar para compra de ambulâncias. O político poderá recorrer em liberdade.

 

De acordo com a sentença do juiz Rafael Chalegre do Rêgo Barros, da 16ª Vara Federal de Juazeiro do Norte, Rommel fez parte de um esquema de criminoso que "consistia na contratação de empresas para o fornecimento de equipamentos médico-hospitalares". A corrupção se dava mediante o pagamento de suborno no valor de 10% do valor contratado em licitação.

 

As investigações da Polícia Federal e a denúncia do Ministério Público Federal apontaram que o ex-filiado do PSDB usou a emenda parlamentar 33450005 para dividir R$ 370 mil entre três entidades filantrópicas nos municípios de Missão Velha (R$ 135 mil), Barbalha (R$ 120 mil) e Crato (R$ 120 mil). 

 

Diferente de Rommel, os representantes das instituições acabaram sendo inocentados pelo juiz Rafael Chalegre.

 

Os processos, gerados a partir de 2004 depois da descoberta Controladoria Geral da União (CGU), ainda se arrastam pelos fóruns, tribunais e cortes superiores da Justiça. A lentidão do Judiciário brasileiro acabou favorecendo a longevidade da carreira política de Rommel Feijó - hoje filiado ao PTB.

 

As denúncias e provas levantadas pela CGU, Receita Federal, Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal não impediram que o político renunciasse ao mandato de deputado federal (2003-2007) para assumir o cargo de prefeito de Barbalha (2005-2008).

 

O POVO ligou para dois celulares do ex-deputado cearense. Um caiu na caixa postal e outro, quando não completa a ligação, alguém diz que o número não pertence ao político. (Demitri Túlio)

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