Uma cerimônia que reuniu autoridades, empresários, assinantes e representantes dos principais veículos de comunicação do Brasil marcou os 100 anos do Jornal do Commercio na noite desta terça-feira, 2, em Recife (PE). Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator de processos de repercussão, como o julgamento da inconstitucionalidade da Lei de Imprensa, o jurista Carlos Ayres Britto discursou sobre o papel do jornalismo para a manutenção do Estado Democrático de Direito.
"Falar de jornalismo é tratar do livre acesso à informação e da capacidade de dar voz às reivindicações da sociedade. É acompanhar o amplo debate sobre temas de interesse coletivo e contribuir mostrando todos lados de um mesmo acontecimento", defendeu o empresário João Carlos Paes Mendonça, presidente do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) e do Grupo JCPM.
"De 1988 para cá, com a nova constituição, as liberdades de expressão - no âmbito pessoal - e de imprensa - no âmbito coletivo - se afirmaram em plenitude, como condição da democracia. Não há como falar em democracia e liberdade de expressão e imprensa senão como irmãs siamesas, em uma relação de retroalimentação", defende Ayres Britto.
Para o diretor de Redação do JC, Laurindo Ferreira, a celebração vai além do centenário. "É uma celebração do jornalismo de credibilidade, do jornalismo de marca. É uma celebração da liberdade de expressão, de imprensa e do Estado Democrático de Direito, em um momento tão crucial para o nosso País".