A temporada 2019 do futebol brasileiro termina hoje com ânimos distintos para os principais clubes do esporte cearense. Enquanto o Fortaleza vive a tranquilidade de finalizar o maior ano de sua centenária história diante de felizes e empolgados torcedores em um Castelão cheio, o Ceará decide de maneira dramática até o último momento a possibilidade de permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro.

Competição esta que começou rodeada de expectativa pelo próprio ineditismo de Leão e Vovô disputarem juntos o Brasileirão no formato de pontos corridos. Também pela corrida de ambos em cumprir o objetivo inicial de fugir do rebaixamento o quanto antes.

As diferenças de estado de espírito entre torcedores tricolores e alvinegros residem justamente aí. O retorno de Rogério Ceni ao Pici foi acompanhado de uma sequência de boas atuações e vitórias que fizeram o Fortaleza se livrar da queda com tranquilidade e obter uma inédita vaga na Copa Sul-Americana.

Por outro lado, em Porangabuçu, o Ceará tropeçou na própria insegurança e incompetência na escolha dos caminhos a seguir. É até provável que não caia hoje, porém muito mais por um esforço maior do Cruzeiro em ser rebaixado do que por méritos próprios.

Desempenho dentro de campo à parte, o ano do futebol cearense com dois clubes na Série A foi, como esperado, de jogos com Castelão cheio. Fortaleza e Ceará levaram às arquibancadas — até a penúltima rodada — mais de um milhão de pessoas e arrecadaram mais de R$ 16,4 milhões.