A China colocou ontem mais uma cidade em quarentena por causa do coronavírus, que já causou 18 mortes no país e infectou mais de 600 pessoas. As cidades de Wuhan, onde começou o surto, e Huanggang, na mesma região, tiveram operações de transporte suspensas, afetando cerca de 20 milhões de pessoas. Por precaução, Pequim e outras grandes cidades também cancelaram as festas do ano-novo chinês, celebração local que começa amanhã e movimenta milhares de turistas. Outras regiões estudam medidas similares - o que tem revoltado a população.
Vários países têm elevado as medidas de controle em portos e aeroportos. Entre as ações, estão a criação de zonas exclusivas para passageiros vindos da China e câmeras térmicas para identificar pessoas com alta temperatura corporal. Estados Unidos, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Cingapura e Vietnã confirmaram casos da doença. O Ministério da Saúde descartou haver suspeitas de coronavírus no Brasil. Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas e Santa Catarina notificaram o governo sobre cinco possíveis infecções. O ministério disse que os casos não se enquadram nos padrões de suspeitas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre esses parâmetros, estão tosse, febre, dificuldade de respirar e ter viajado a Wuhan.
Agentes de aeroportos, portos e fronteiras foram orientados a reforçar cuidados. Não há recomendação para testar todo passageiro de voos de áreas com casos confirmados ou para cancelar viagens para China.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgará informes sonoros em aeroportos para orientar passageiros. Os avisos pedirão a quem fez viagem a Wuhan que procure a unidade de saúde mais próxima se tiver febre ou tosse em até 14 dias após a viagem. (Com agências internacionais)