O Papa Francisco deixou o Vaticano na tarde deste domingo para rezar na basílica de Santa Maria Maior, em Roma, anunciou a Santa Sé.
A capital italiana, como o restante do país, está submetida desde a última terça-feira a um confinamento por causa da epidemia de coronavírus. Os moradores não podem sair de casa, a não ser para trabalhar, fazer compras ou ir à farmácia.
Mais tarde, o Papa "caminhou, como em peregrinação, por um trecho da Via del Corso", uma das principais artérias de Roma, que estava vazia, e seguiu a pé, acompanhado por seguranças, até a igreja de São Marcelo al Corso, onde se encontra um crucifixo milagroso que, em 1522, foi levado em procissão pelos bairros da cidade para pôr fim à peste em Roma.
O pontífice argentino rezou "pelo fim da pandemia que afeta a Itália e o mundo, e implorou pela cura de muitos doentes", assinalou a Santa Sé. As orações também foram dirigidas "aos trabalhadores da área de saúde, aos médicos, enfermeiras e a àqueles que, nestes dias, por seu trabalho garantiram o funcionamento da sociedade".
O Papa retornou ao Vaticano às 17h30min locais.
Segundo comunicado divulgado pela prefeitura da Casa Pontifícia, todas as celebrações litúrgicas da Semana Santa acontecerão sem a presença de fiéis na praça de São Pedro para evitar a propagação do coronavírus.
"Devido à atual emergência de saúde, todas as celebrações litúrgicas da Semana Santa acontecerão sem a presença física de fiéis", diz a nota. "Além disso, comunicamos que até o domingo 12 de abril de 2020 as audiências gerais do Santo Padre e a recitação da Oração Mariana do 'Angelus' dos dias domingo serão transmitidas apenas via 'streaming'", completa a nota do Vaticano.
De acordo com o balanço mais recente, de sábado, 1.441 pessoas morreram vítimas do coronavírus na Itália, o país mais afetado da Europa. Mais de 21.000 italianos foram diagnosticados com a doença, 3.500 deles nas últimas 24 horas. (Com AFP)