ENTRETENIMENTO As lives invadiram as redes sociais, notadamente o YouTube, que abraçou a causa. Nem adianta contar porque são milhares pelo mundo. Com a orientação geral para o máximo de isolamento social, cantoras e cantores dos mais variados gêneros passaram a fazer apresentações para um público ávido e que parece caçar mais motivos para ficar em casa.

Neste cenário, aqui no Brasil tivemos alguns eventos notáveis. Marília Mendonça chegou a impressionantes 3,2 milhões acessos simultâneos, um fenômeno. Se levarmos em conta a média de três pessoas por acesso - desprezando na conta a rotatividade da audiência - são cerca de 10 milhões de pessoas. As duplas Jorge & Mateus e Zé Neto & Cristiano, além de Gusttavo Lima, também atingiram marcas históricas, batendo dois milhões de acessos

Para além da polêmica de alguma aglomeração nos bastidores e do excesso de bebidas em casos específicos, as iniciativas permitem aos artistas minimizar prejuízos, arrecadar toneladas de alimentos, dinheiro e álcool gel, além de distrair quem tem convivido com medo e apreensão. É um movimento legítimo, que envolve outras centenas de artistas menos conhecidos e anônimos, igualmente com méritos. 

A situação é tão marcante que até Roberto Carlos, o Rei, terá sua própria live de casa, com transmissão pela TV Globo, hoje, por volta das 19 horas, algo inimaginável. Mas são tempos de pandemia, tanto que escrevo o texto acompanhando shows ao vivo de Sampa Crew e Dilsinho.