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A ferida histórica do racismo reaberta nos EUA
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A ferida histórica do racismo reaberta nos EUA

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MANIFESTANTE participa de protesto em Minnesota (Foto: CHANDAN KHANNA / AFP)
Foto: CHANDAN KHANNA / AFP MANIFESTANTE participa de protesto em Minnesota

PROTESTOS O assassinato de George Floyd pela força policial dos Estados Unidos fez o país entrar em convulsão social no meio de uma pandemia que já matou mais de 100 mil pessoas por lá. As imagens do crime mostram a estupidez, a ignorância, a negligência e, sobretudo, o racismo. Tudo ali. Cru e escancarado.

Ter a vida finalizada, da maneira como Floyd teve, revolta e traz consequência. Mais de 20 cidades registraram protestos massivos, com incêndios e saques nos últimos dias. Ao menos duas pessoas morreram e centenas foram presas.

Autoridades pedem paz, mas a população negra - e não só ela, já que as manifestações contam com variadas etnias -, tenta chamar a atenção para o problema estrutural. Pedir paz, quando não trabalha-se pela justiça, é no mínimo injusto.

O racismo nem sempre é um joelho que asfixia, às vezes é mais sutil. Pode estar em uma frase ou em um olhar. Está tão enraizado na formação das sociedades, que por diversas vezes não enxergamos o problema pelo que ele realmente é: um problema.

Os EUA estão em pleno ano eleitoral, que torna-se mais imprevisível na medida em que o tempo passa e novos problemas surgem. Trump colocou o FBI à frente das investigações no caso Floyd, numa espécie de resposta-propaganda. Mas o presidente tem amplo histórico de discursos que ferem minorias.

Encarregada de "servir e proteger", a polícia dos EUA tornou-se, em muitos casos, um obstáculo para a segurança dessa população. E é aí que reside o atual problema no país. A quem recorrer quando o "protetor" torna-se o inimigo? 

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