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O tempo fechou nas eleições de Fortaleza
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O tempo fechou nas eleições de Fortaleza

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RC É BEM avaliado entre os eleitores que têm entre 45 e 59 anos (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR RC É BEM avaliado entre os eleitores que têm entre 45 e 59 anos

PRÉ-CAMPANHA É possível que jamais tenha havido em Fortaleza uma pré-campanha tão longa à Prefeitura e tantas indefinições às vésperas do período de convenções partidárias. A poucos meses das eleições, não apenas não se conhecem alguns nomes que devem estar na disputa, como os que estão hoje sob holofotes ainda podem mudar de estatuto.

Veja-se o PSDB, por exemplo, de flerte tanto com Capitão Wagner (Pros) quanto com o prefeito Roberto Cláudio (PDT), como se se tratasse de plataformas vizinhas e a escolha entre uma e outra não significasse uma decisão radical: ou se está de um lado ou do outro. Entre o atual gestor e seu principal adversário, não há meio termo. Talvez essa seja a principal marca desta campanha: os postulantes de centro terão dificuldade de se firmar como candidatos viáveis ao Paço.

Novamente, tomem-se os derradeiros e rumorosos episódios políticos: Wagner e sua dança de adesões, engrossando, aos poucos, a chapa com que pretende chegar a chefe do Executivo; e o prefeito e sua constelação de possíveis candidatos, cinco apenas dentro do PDT - se incluirmos as legendas aliadas, o governismo tem hoje ao menos sete potenciais representantes à sucessão. São os dois grandes arcos que se enfrentam, com brigas replicadas em cidades vizinhas, a exemplo de Caucaia, onde o trabalhista Ciro Gomes abraçou o petista Elmano de Freitas.

Mas reparem que, fora desses polos, o ambiente é de aparente silêncio: os deputados federais Heitor Freire (PSL) e Célio Studart (PV) ainda não disseram a que vieram - e se virão de fato. E os estaduais Renato Roseno (Psol) e Heitor Férrer (SD) estão voltados para os trabalhos na Assembleia Legislativa. A exceção, claro, é a ex-prefeita e também deputada federal Luizianne Lins, que tenta se estabelecer como centro gravitacional da oposição de esquerda. Dentro da pré-candidatura da parlamentar e do partido, os lances se acumulam sem que se possa dizer, por ora, se um entendimento com o PDT está totalmente descartado; ou se as tratativas com Camilo Santana (PT) se mostraram infrutíferas. De concreto, há a disposição da petista, cuja artilharia contra Ciro e RC já antecipou o clima que as eleições na capital cearense terão. Como se diz vulgarmente no futebol, do pescoço para baixo será tudo canela.

 

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