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93% dos afegãos viverão abaixo da linha da pobreza em 2022, projeta ONU
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93% dos afegãos viverão abaixo da linha da pobreza em 2022, projeta ONU

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População do Afeganistão já está 72% abaixo da linha da pobreza (Foto: BULENT KILIC / AFP)
Foto: BULENT KILIC / AFP População do Afeganistão já está 72% abaixo da linha da pobreza

Uma mulher dá pão a jovens necessitados em frente a uma padaria em Cabul, no Afeganistão. Uma cena que pode se tornar cada vez mais comum em um pais onde milhões são afetados por uma seca profunda e as consequências da pandemia de Covid-19. Segundo a ONU, 72% da população afegã já vive abaixo do limite da pobreza e, por falta de apoio, esse número deve aumentar. A estimativa é que quase toda a população afegã (97%) deve passar a sobreviver abaixo da linha da pobreza já em 2022.

O pedido da ONU, feito no último dia 13, é que comunidade internacional negocie com os talibãs para evitar uma catástrofe humanitária no Afeganistão. O secretário-geral da ONU, António Guterres considerou "muito importante" que as Nações Unidas falem com os talibãs para facilitar a entrega e a distribuição de ajuda humanitária.

As articulações estimam arrecadar mais de US$ 600 milhões em ajuda para as organizações humanitárias do país. A França anunciou o desembolso de 100 milhões de euros (cerca de US$ 120 milhões) para este fim, enquanto Washington aportará 64 milhões de euros (US$ 75 milhões). Em comparação, o governo americano gastou 2 trilhões de dólares em 20 anos de guerra no país.

"Faço um chamado à comunidade internacional para que encontre a forma de permitir uma injeção de dinheiro na economia afegã, para permitir que a economia respire e evitar um colapso que teria consequências devastadoras para o povo afegão e poderia desencadear um êxodo maciço, com as consequências que se pode imaginar para a estabilidade dos países da região", acrescentou.

Refugiados
O governo de Joe Biden anunciou nesta segunda-feira, 20, que os Estados Unidos vão receber 125 mil refugiados em 2022, o dobro deste ano, em meio à forte pressão pela chegada de migrantes de América Central e Haiti, além de outros que fogem de países como o Afeganistão.

O anúncio acontece no momento em que Washington se propõe a ajudar milhares de pessoas que trabalharam para as forças americanas no Afeganistão a fugirem do país para serem reassentadas nos Estados Unidos.

Alguns deles poderiam entrar no país amparados pelo programa de refugiados, enquanto outros seriam acolhidos pelo programa de "vistos especiais de imigrante".

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