O Ceará ficou na 11ª posição no ranking nacional do Índice Fiec de Inovação dos Estados 2021, ficando em segundo do Nordeste. O destaque na Região foi no quesito infraestrutura, em que o Estado ficou à frente, porém, perdeu neste ano em competitividade e empreendedorismo.
Lançado nesta quarta-feira, 29, pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado (Fiec), com apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o índice mostra que em relação à edição anterior, o Ceará se manteve na mesma posição tanto no ranking nacional como no regional.
Na dimensão de Capacidades, o Estado fica em 9º do País, ganhando uma posição com relação ao índice anterior.
Já na análise Resultados ficou em 14º lugar, perdendo duas posições. Segundo o levantamento, a posição inferior nesta dimensão, em comparação a Capacidades, denota que o Ceará tem um nível de capacidade promotora de inovação que não se reverte em resultados promissores.
Na comparação dos indicadores do Índice Fiec de Inovação dos Estados 2021, os melhores resultados do Ceará foram conquistados nos indicadores de Instituições (7º) e de Infraestrutura (7º), ficando no top 10 nacional e na 1ª colocação do Nordeste.
Mas amarga piora no indicador de Competitividade, apesar de avançar uma colocação comparativamente ao ano passado (de 20º para 19º), e no indicador de Cooperação, mesmo ganhando três posições em relação à edição anterior do índice (de 20º para 17º).
Um item que merece atenção é o de Empreendedorismo, no qual o Ceará caiu da 7ª para a 13ª colocação no ranking nacional, o que, conforme a pesquisa, revela dificuldade no estímulo a negócios inovadores.
Já Propriedade Intelectual (de 12º para 14º) e Produção Científica (de 6º para 10º) também apresentaram declínios ante 2020.
Sobre Capital Humano – Pós-Graduação (9º), de Investimento Público em C&T (10º) e de Capital Humano – Graduação (11º), o Ceará manteve as posições.
O Índice de Inovação dos Estados identifica os principais pontos relacionados à Inovação, bem como mensurar o patamar em que os estados brasileiros se encontram. Dessa forma, o Índice oferece munição informacional para o desenvolvimento de políticas públicas que fomentem um ecossistema inovador no Brasil.
Para isso, mensura aspectos variados do processo de inovação das 27 unidades federativas e 5 regiões do país em periodicidade anual. É calculado por meio de dois índices – Capacidades e Resultados – que avaliam o ambiente inovador (Capacidades) e medições da inovação em si (Resultados).
Capacidades avalia: Investimento Público em Ciência e Tecnologia, Capital Humano (Graduação e Pós-Graduação), Inserção de Mestres e Doutores, Instituições, Infraestrutura e Cooperação.
Resultados avalia: Competitividade Global, Intensidade Tecnológica, Propriedade Intelectual, Produção Científica e Empreendedorismo Inovador. Como os dados são desagregados em doze indicadores e duas dimensões, a solução dos entraves fica mais direcionada.
Segundo o Índice Fiec de Inovação 2021, nove estados melhoram sua posição. São Paulo foi novamente o mais inovador do Brasil, posição que se mantém desde a primeira edição.
Santa Catarina e Rio Grande do Sul aparecem na segunda e terceira colocação. Espírito Santo e Maranhão foram os estados que mais cresceram no ranking.
Já o Nordeste foi apontado como a terceira região mais inovadora do Brasil, atrás somente de Sul e Sudeste.
Na Região, destacam-se Pernambuco (10), Ceará (11º) e Rio Grande do Norte (13º).
No Centro-Oeste os melhores colocados foram o Distrito Federal (7º) e Goiás (12º). Apesar dos empecilhos à inovação que o Norte sofre, o estado do Amazonas se mostra um líder na região, sendo o oitavo estado mais inovador do País.