Jornalista formado na Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi repórter do Vida&Arte, redator de Primeira Página e, desde 2018, é editor de Esportes. Trabalhou na cobertura das copas do Mundo (2014) e das Confederações (2013), e organizou a de 2018. Atualmente, é editor-chefe de Cidades do O POVO. Assinou coluna sobre cultura pop no Buchicho, sobre cinema no Vida&Arte e, atualmente, assumiu espaço sobre diversidade sexual e, agora, escreve sobre a inserção de minorias (com enfoque na população LGBTQ+) no meio esportivo no Esportes O POVO. Twitter: @andrebloc
Foi o capítulo final de uma semana de horrores. Começou com chacina em Juazeiro do Norte, na madrugada de terça-feira. Depois veio o homicídio de um jornalista no Pirambu, aparentemente por ter feito o trabalho dele. Teve ainda policial executando desafeto com uma dezena de tiros dentro de delegacia. E duas mãos cheias de casos em todos os cantos do Ceará.
A violência age de forma sorrateira quando vira comum. "Mais uma chacina dentre 50". "Mais um homicídio entre centenas". "Mais uma trans morta entre pelo menos 64 desde 2017 só no Ceará" (segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais). É duro publicar o que vai contra a natureza. O que não devia nunca acontecer.
Mas é obrigação jornalística, até para honrar as vítimas. O desafio é nunca deixar de se chocar com o horror que a sociedade nos impõe.
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