O fotógrafo Sebastião Salgado inaugurou nesta segunda-feira (14) sua exposição "Amazônia" em São Paulo, primeira parada de uma turnê no Brasil da mostra com a qual busca conscientizar sobre a preservação da maior floresta tropical do mundo e das comunidades indígenas.
Composta por mais de 200 imagens resultantes de sete anos de trabalho, a exposição do mineiro, que hoje mora em Paris, foi lançada em maio de 2021 na capital francesa e posteriormente apresentada em Roma e Londres.
Agora ficará exposta em São Paulo até 10 de julho, e depois seguirá para o Rio de Janeiro, onde ficará até janeiro de 2023, antes de passar por capitais do norte ao sul do país, como Belém, Manaus e Belo Horizonte.
"Essas fotografias representam a Amazônia viva, do bioma, das comunidades indígenas. Nós, nesta exposição, não representamos a Amazônia morta, a destruída, das propriedades rurais", descreveu Salgado, de 78 anos.
As fotografias em preto e branco condensam uma imersão na selva, com imagens de rios, montanhas e a vida em uma dezena de comunidades indígenas, acompanhadas por uma composição musical que recria os sons da natureza amazônica.
O fotógrafo se disse "esperançoso" que o próximo governo, a ser definido nas eleições de outubro, tenha uma "maior preocupação" com a preservação dos biomas. O desmatamento aumentou desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019, atingindo seu máximo em 15 anos, com 13.235 km2 registrados no período de agosto de 2020 a julho de 2021.
Salgado pediu aos brasileiros "que prestem atenção no próximo candidato que vão eleger como próximo presidente", pois "os candidatos do Executivo atual são profundamente antiecológicos e profundamente contra as comunidades indígenas".
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