Até o fim do mês de junho, o Brasil irá gerar ao menos 635 mil vagas de emprego temporário no consolidado do segundo trimestre do ano, conforme estima a Associação Brasileira de Trabalho Temporário (Asserttem). Montante equivale a projeção de alta de 15% neste tipo de contratação com relação a igual período de 2021 quando 552.609 postos de trabalho temporários foram criados.
“O cenário de incertezas gerado pela pandemia afetou de forma contundente as empresas, que nos últimos dois anos se apoiaram no Trabalho Temporário para atenderem suas demandas. Agora, com o relaxamento e por não precisarem mais agir com medo ou por impulso as empresas seguraram as contratações”, explica o presidente da Asserttem, Marcos de Abreu.
A Associação destaca que o contexto positivo, com apostas na continuidade do processo de retomada econômica e relaxamento das medidas restritivas impostas durante o enfrentamento da Covid-19, gera impacto positivo na geração das vagas temporárias.
Além da alta na contratação, a entidade estima ainda uma maior duração dos contratos temporários durante o ano de 2022. A projeção é de que os contratos durem, em média, mais de 90 dias. Marcos projeta ainda uma tendência de que os meses de julho, agosto e setembro registrem um montante ainda maior de cargos temporários, ficando acima dos 635 mil do segundo trimestre deste ano.
"Além disso, em nosso radar, consta uma nova repetição do que aconteceu em 2020, com o terceiro trimestre puxando as contratações do ano, com destaque para os setores da Indústria, do Agronegócio e Serviços à pessoa física”, complementa. O presidente da Asserttem pontua ainda que tais postos de trabalho são uma "excelente oportunidade" para aqueles que buscam realocação no mercado.
Durante os meses de janeiro, fevereiro e março, a modalidade temporária computou 774.660 vagas de empego em 2022. “Um resultado excelente e 10,6% maior do que a Asserttem previa”, frisa Marcos.