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Fortaleza confirma primeira morte por chikungunya em 2022
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Fortaleza confirma primeira morte por chikungunya em 2022

Outros dois óbitos pela doença estão em investigação, conforme boletim da Secretaria Municipal da Saúde (SMS)
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O mosquito  Aedes aegyptié resistente (Foto: APU GOMES / AFP)
Foto: APU GOMES / AFP O mosquito Aedes aegyptié resistente

Fortaleza confirmou nesta terça-feira, 24, o primeiro óbito por chikungunya em 2022. A paciente era uma pessoa com mais de 80 anos. Outros dois casos estão em investigação, segundo boletim epidemiológico semanal de arboviroses, elaborado pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Conforme a pasta, a Capital tem cenário pré-epidêmico para chikungunya. Neste ano, já foram confirmados 3.058 casos dessa arbovirose no município. A taxa de incidência da doença é de 113,1 casos por 100 mil habitantes. O ano de 2021 não registrou nenhuma morte pela doença. No caso de 2020, foram duas mortes.

Segundo análise da secretaria, a partir de dados registrados até o dia 23 de maio, correspondente à 20ª semana, a incidência das arboviroses ainda está dentro do padrão endêmico do município.

Casos registrados se distribuem por 88 bairros de Fortaleza. Desse total, dez registraram 63,7% (710) das amostra reagentes: Prefeito José Walter (140), Jardim das Oliveiras (139), Cidade Funcionários (104), Engenheiro Luciano Cavalcante (64), Mondubim (57), Parque Manibura (53), Sapiranga Coité (53), Jangurussu (34), Barroso (33) e Conjunto Palmeiras (31).

"Após a alta incidência em 2016 e epidemia em 2017, o cenário para chikungunya foi de transmissão residual com notória diminuição dos casos", recupera o texto. Conforme o boletim, a positividade das amostras em 2022 é próxima da registrada no mesmo período de 2016, quando a taxa foi de 55%.

Número de casos confirmados neste ano já é maior que a soma dos casos confirmados entre 2018 e 2021, de acordo com a SMS, mas a quantidade representa apenas 4,8% dos casos no mesmo período de 2017. Isso porque o biênio 2016-2017 registrou duas ondas epidêmicas. O período somou 98,3% dos casos já registrados no município. Sendo 22% em 2016 e 76,3% no ano de 2017.

"Abril, maio e junho são, historicamente, meses de maior carga de transmissão de arboviroses, devido à quadra chuvosa. Com a extensão desse período de chuvas, aumenta o potencial de criadouros, e é preciso que a população fique atenta", explica Nelio Morais, coordenador da Vigilância em Saúde de Fortaleza.

Atualizada às 18h26min

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