"Chão Nativo", "Brisa do Rio" e "Gran Maré". Os nomes indicam alguns dos quiosques que integram o Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba. O equipamento abriu atividades para o público nesta quinta-feira, 7, a partir das 17 horas, com os permissionários do Polo de Gastronomia Tradicional em funcionamento. A previsão é de que o espaço opere de quinta-feira a domingo, com programação que integre os eixos da gastronomia, da cultura e da educação ambiental.
Com movimentação tranquila, o primeiro evento começou com apresentação do dramaturgo Ricardo Guilherme e show do músico Isaac Cândido. Ambos trabalharam em parceria na canção "Sabiaguaba”. “A música começou com o texto, a partir daquela ameaça de ocupação de meses atrás, que iria interferir muito nas dunas, na vegetação, e foi minha forma de engajar contra. Quando o Isaac me pediu letras, achei interessante transformar essa literatura em música, porque aumenta o poder de manifestação”, explica Ricardo.
Ao mencionar a construção da melodia, Isaac conta que se “espelhou” em referências de cearenses como Ednardo. Ele seguiu a mesma estratégia para criar a seleção de músicas para a inauguração. “Eu escolhi um repertório que ficasse mais acessível. Faço um show em homenagem ao Fagner, porque estou prestes a lançar um CD cantando Fagner”, detalha. Em seguida, o público pôde conferir o ritmo pé-de-serra de "Os Muringas", grupo que passeia por clássicos do forró.
Para acompanhar as programações musicais, há amplos menus disponíveis nos estabelecimentos. Um dos permissionários do quiosque “Gran Maré”, Júlio César está na Sabiaguaba desde que nasceu, há 32 anos. Ele e os demais permissionários passaram por três meses de capacitação para aprofundar conhecimentos na área gastronômica. Com trabalho especializado em massas e frutos do mar, ele afirma que o espaço está “capacitado” para atender os clientes. “As expectativas são as melhores, a gente espera que a movimentação triplique, que novas pessoas venham conhecer”, relata.
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Uma das visitantes, a estudante Maria Eduarda Aragão, de 13 anos, estava acompanhada da mãe, Eliane Aragão, de 39 anos, além do pai e do irmão. Eduarda se mostrou animada com o novo ambiente: “Está muito bonito, bem diferente do que era”, conta. Eliane afirma que achou o novo espaço “excelente” e que pretende voltar com a família. A secretária executiva de planejamento e gestão da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Maria Dias Cavalcante, opina que os primeiros momentos vão ser um teste para sentir o interesse do público, mas a projeção é que o Complexo funcione em mais dias. "Vamos abrindo de acordo com o que for ampliando", informa.
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