Uma água-viva nada nas águas do mar Mediterrâneo, na costa da cidade costeira de Trípoli, no norte do Líbano, em 12 de julho de 2022. A espécie de água-viva invasora "Rhopilema Nomadica" entrou no mar Mediterrâneo através do Canal de Suez a partir da década de 1970. O aumento da população de águas-vivas se deve ao aumento da temperatura da água do mar e está se tornando uma ameaça ao ecossistema mediterrâneo, alertaram os cientistas.

"Água-viva" é o termo usado para a família de mais de 2.000 espécies de plânctons com pelo menos 95% de água. Estudos  mostram um crescimento significativo da população em vários oceanos.

Biologistas marinhos citam várias causas, como a pesca excessiva, que remove os predadores, e o aquecimento global, que favorece o desenvolvimento de espécies tropicais. O excesso de nutrientes por fertilizantes e esgoto, também pode matar os peixes e criar condições de desenvolvimento para água-viva.

Grandes grupos podem causar um impacto negativo, como entupir os sistemas de resfriamento de centrais elétricas, destruir fazendas de peixes e prejudicar o trabalho dos pescadores. Certas espécies podem ser perigosas ou até mortais para os humanos. Isso acontece pelo veneno nas células urticantes de seus tentáculos, usados para paralisar as presas.

Para combater a proliferação, os pesquisadores sugerem o desenvolvimento de produtos tendo a água-viva como matéria-prima. Algumas espécies já são consumidas na Ásia. Outras têm proteínas que podem ser usadas para pesquisa médica ou fabricação de cosméticos e remédios, como antibióticos.

Também são pesquisadas as propriedades de uma espécie potencialmente imortal, capaz de inverter o processo de envelhecimento até o estado inicial quando ameaçada.