O governo do Chile anunciou, nesta terça-feira (2), que investiga as causas de uma cratera de 32 metros de diâmetro e 64 metros de profundidade que apareceu perto de uma mina de cobre no deserto do Atacama.
A Subdireção Nacional de Mineração do Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin) disse, em um comunicado, que especialistas viajaram ao município de Tierra Amarilla, cerca de 800 km ao norte de Santiago, onde o enorme buraco apareceu no fim de semana.
Um perímetro de segurança de 100 metros foi estabelecido em torno da cratera, situada dentro dos terrenos da mina Alcaparrosa de Candelaria, de propriedade da empresa canadense Lundin Mining.
De acordo com um comunicado da companhia, "não houve impacto no pessoal, nos equipamentos e na infraestrutura" e o sumidouro se manteve estável desde que foi detectado.
Como medida preventiva, "foram suspensos temporariamente os trabalhos de desenvolvimento de uma área da mina subterrânea em Alcaparrosa", indicou a empresa, ao acrescentar que não havia detectado nenhum movimento.
Especialistas e funcionários da mineradora buscam "esclarecer as causas e assegurar que sejam tomadas todas as medidas de segurança para proteger a vida dos trabalhadores e as comunidades próximas do local", disse David Montenegro, diretor da Sernageomin.
O funcionário acrescentou que profissionais percorreram a região "para verificar a existência de fissuras e entraram na mina para ver seu estado real".
A enorme cratera causou surpresa nos cerca de 13.000 habitantes de Tierra Amarilla.
Cristian Zúñiga, prefeito da cidade, explicou aos meios locais que, entre a população, sempre houve o temor de incidentes devido às operações de mineração na região.
"Este enorme sumidouro é algo que não havia sido visto em nossa comunidade. Queremos que seja esclarecido. Por que aconteceu este evento? O colapso é produto da atividade mineradora ou é de outra natureza?", questionou.
Responsável por mais de 25% da oferta global de cobre, o Chile é o principal produtor mundial do metal.
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