CAMPANHA O rompimento da aliança entre PT e PDT, após 16 anos, já anunciava o que agora se pode confirmar com alguma tranquilidade: o caminho rumo ao Palácio da Abolição ficou mais dificultoso para os nomes que lhe disputam realmente, por serem três e não duas as campanhas que demonstram competitividade para vencer a disputa. O candidato Capitão Wagner, do União Brasil, trabalha há mais de um ano na montagem de um ambiente favorável que lhe permitisse, como permite, aspirações proporcionais ao tamanho eleitoral que possui como principal liderança de oposição no Ceará. As principais interrogações residem no governismo que, implodido, ganhou as formas das candidaturas de Roberto Cláudio, do PDT, e de Elmano Freitas, do PT. O principal foco de tensão está entre eles. Os dias se passarão, pesquisas virão e a força de Luiz Inácio Lula da Silva e de Camilo Santana certamente se materializará nos números, em favor de Elmano. O cenário hipotético, apesar de provável, é sob o qual o tino político das campanhas será posto à prova. Se Elmano encosta em RC, o nervosismo tende a escalar e a tarefa política que se impõe é a de lembrar que haverá segundo turno. A menos que tirem Wagner da segunda etapa, brechas para repactuação não podem ser fechadas. Terão de brigar já pensando no momento da desculpa. As críticas terão de ter esse cuidado calculado. A ver como essas nuances serão administradas.