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Carlos Alberto Ferreira: um centenário (e fiel) leitor do O POVO
Farol

Carlos Alberto Ferreira: um centenário (e fiel) leitor do O POVO

Conheça o mais antigo leitor do O POVO, de 101 anos de idade
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FORTALEZA, CE, BRASIL, 23.09.2022: Dois dedos de prosa - Leitor do Jornal, Carlos de 101 anos. (Foto: Thais Mesquita/OPOVO) (Foto: THAÍS MESQUITA)
Foto: THAÍS MESQUITA FORTALEZA, CE, BRASIL, 23.09.2022: Dois dedos de prosa - Leitor do Jornal, Carlos de 101 anos. (Foto: Thais Mesquita/OPOVO)

Os cabelos brancos e os olhos amendoados por trás das lentes dos óculos de grau transparecem os 101 anos de vida de Carlos Alberto Ferreira. Ex-coronel do Exército brasileiro, católico apostólico romano, torcedor apaixonado do Fortaleza Esporte Clube e grande admirador das técnicas do xadrez, o idoso é leitor assíduo do O POVO há décadas, desde antes de outros leitores fieis terem sequer nascido.

Todas as manhãs, Carlos Alberto recebe os exemplares na portaria de seu apartamento, em Fortaleza, e destina várias horas do dia para fazer a leitura completa de cada uma das editorias que compõem o impresso. E não só lê, como faz questão de rabiscar dúvidas e tecer comentários sobre as matérias publicadas naquele dia.

Entre os anseios envelhecidos em mais de um século de trajetória, três deles permanecem rejuvenescidos e vívidos na memória de seu Carlos. Ir para o céu, quando Deus decidir que é chegada a sua hora; que seja fundada uma escola para enxadristas no Ceará, para que os estudos sobre o esporte sejam acessíveis a mais pessoas; e que todos possam experimentar os prazeres de uma boa leitura, especialmente do O POVO, o seu “jornal do coração”.

O POVO - Seu Carlos, como surgiu a sua relação com O POVO?

Carlos Alberto - Eu gosto muito de ler o jornal, sou assinante há muitos anos e recebo todos os dias na portaria do prédio. Passo as manhãs lendo e também gosto de fazer anotações nas páginas. Não lembro direito como começou o gosto pela leitura de jornais — é um dos dilemas de se ter 101 anos e ver a memória se esvair aos poucos —, mas já li vários, o que eu mais gosto sempre foi e continua sendo O POVO, é o meu jornal do coração.

O POVO - O que o senhor mais gosta de acompanhar das matérias produzidas?

Carlos Alberto - Leio tudo, da primeira à última página. Mas o que eu mais gosto de ler todos os dias é sobre esportes, para saber como está o meu Leão nas classificatórias dos times. Também gosto de ler sobre política, acho importante entender como está o cenário político do País. Outra coisa que sempre acompanho é o horóscopo. Sou virginiano, circulo meu signo e escrevo a data do meu nascimento para não esquecer.

O POVO - O senhor incentiva seus netos e bisnetos a lerem jornais? Como funciona o hábito da leitura na sua família?

Carlos Alberto - Tenho quatro filhos, sendo que um deles já está no céu; sete netos, todos já crescidos; e seis bisnetos ainda pequenos. Todos os meus filhos cresceram em uma casa rodeada por livros e muito xadrez, pois sou enxadrista há 80 anos. Eu e minha falecida esposa, que era uma linda e talentosa pianista, sempre tivemos esse hábito de ler e incentivamos eles a fazerem o mesmo desde cedo. Os bisnetos ainda são muito novos para entenderem o que dizem os jornais, mas meu desejo mesmo é que todas as pessoas fossem alfabetizadas, principalmente as mais pobres, para poder apreciar a leitura de um bom jornal como O POVO.

O POVO - E por que o senhor considera importante se manter informado sobre as notícias do Brasil e do mundo pelo O POVO?

Carlos Alberto - Para se atualizar do que está acontecendo conosco. É importante entender sobre acontecimentos globais, como é o caso da Covid-19 e da guerra na Ucrânia, por exemplo. Porque buscar compreender e ter acesso a informações sobre o que acontece aqui e lá fora diz, sobretudo, sobre quem nós somos como pessoas.

 

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