O Banco Agro, que inaugurou, no último dia 20, sua primeira agência no estado do Ceará, vai disponibilizar linhas de crédito de até R$ 1 milhão para pequenos e médios produtores rurais e tem meta de chegar a outros cinco municípios cearenses até o fim do ano.
Quem está à frente da direção do banco no Estado é o ex-ídolo do Ceará Sporting Club, Magno Alves. “Minha função, inicialmente, é ir atrás de clientes, investidores. É uma coisa nova para mim e para muitos esse tipo de banco. É uma novidade no Ceará e tem tudo para a gente desenvolver um bom trabalho”, disse o ‘Magnata’, como era conhecido o ex-jogador.
Com foco em serviços digitais, mas tendo unidades físicas no Distrito Federal (onde está sediada), em Mato Grosso, Goiás e Bahia, a empresa está ofertando linhas de crédito com taxas de juros anuais entre 16% e 22,5%, a depender da operação para o agronegócio, além de financiamentos de até R$ 30 mil para jovens recém-formados ou concludentes de faculdades e escolas técnicas agrícolas ou veterinárias.
A instituição conta com aproximadamente 15,5 mil clientes espalhados pelo País e foi criada por produtores de soja e milho. De acordo com o CEO do Banco Agro, Ruy Rodrigues, “esse banco foi criado para fortalecer o pequeno produtor rural. Essa sempre foi a ideia: acabar essa dificuldade que eles encontram para conseguir o crédito”.
Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, “quando o crédito é facilitado o cara consegue transformar a vida dele com a nossa assistência técnica ou com outra assistência técnica. Que bancos venham ao Ceará para emprestar dinheiro ao agronegócio, isso é muito bem-vindo”.
Ele critica a burocracia dos bancos convencionais, na concessão de crédito para o agronegócio. “Os bancos digitais precisam chegar ao campo. E aí é importante que os bancos públicos se reforcem a essa nova realidade porque não é possível se passar duas horas em uma agência e esperar mais quatro meses para ter aprovado um crédito”, exemplifica.
“Os bancos públicos têm uma competitividade diferente dos bancos privados por meio dos fundos constitucionais e têm os juros subsidiados. Então, esses bancos vão ser forçados a se organizar para ter mais agilidade”, defende Silveira.