A comunicação entre diferentes setores do poder público e da sociedade civil faz total diferença para a efetividade de políticas públicas. Apesar da importância, a intersetorialidade ainda não cumpre seu papel como deveria.
Ainda é comum vermos pastas da mesma gestão batendo cabeça com uma mesma demanda. Ou não a solucionando por não conseguirem otimizar as informações.
Uma das ações mais eficazes diante do cenário de insegurança dentro das escolas, pelo menos no Ceará, tem sido exatamente a capacidade de diferentes órgãos conseguirem se comunicar.
Informações sobre possíveis ameaças que diretores de escolas repassam à Guarda Municipal, que as levam às Polícias; a identificação de estudantes com comportamentos violentos e seu devido encaminhamento ao atendimento psicológico; grupos de WhatsApp que reúnem responsáveis e professores. São comunicações que efetivam tomadas de decisão e soluções.
Falando em atendimento psicológico, está aí uma lacuna que precisa ser urgentemente preenchida. Na rede municipal de ensino de Fortaleza, são centenas de escolas e milhares de alunos para pouco mais de uma dezena (12) de psicólogos.
Na verdade, de acordo com a Lei nº 13.935, as escolas também deveriam ter atendimento de assistentes sociais. Isso significaria mais comunicação entre as vulnerabilidades de alunos e famílias e as políticas que atravessam a Educação.