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Lula enfrenta protestos da extrema-direita ao discursar em Portugal
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Lula enfrenta protestos da extrema-direita ao discursar em Portugal

Protesto foi feito pelo partido Chega, que tem 12 deputados e é a terceira força política portuguesa. O Partido Socialista detém maioria absoluta, com 120 deputados
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Lula observa e sorri diante de cartazes de protesto da extrema-direita, em Portugal (Foto: PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP)
Foto: PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP Lula observa e sorri diante de cartazes de protesto da extrema-direita, em Portugal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou protestos dos parlamentares de extrema-direita durante seu pronunciamento na sessão solene em que foi homenageado no Parlamento português. Liderado por André Ventura, o partido Chega tem hoje doze deputados e é a terceira força política portuguesa, com fatia de 7%. O Partido Socialista detém maioria absoluta, com 120 deputados. Houve dez parlamentares que vaiaram o discurso.

"Quem faz política está habituado a isso", reagiu Lula, que descreveu como "cena de ridículo" o gesto dos deputados do partido Chega, que exibiam cartazes que diziam "chega de corrupção".

Em sua fala nesta terça-feira, 25, o presidente relembrou fatos históricos do Brasil e Portugal e homenageou as duas democracias, além de ter feito críticas ao governo de Jair Bolsonaro. "No Brasil, as forças democráticas demonstraram solidez e resiliência", disse Lula, reafirmando, em seguida, que "o Brasil voltou a ser internacional".

Protesto da extrema-direita contra Lula no Parlamento de Portugal
Foto: PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP
Protesto da extrema-direita contra Lula no Parlamento de Portugal

Lula foi convidado a falar no Parlamento português no dia que marca o 49º aniversário da Revolução dos Cravos, que acabou com 48 anos de ditadura de direita em Portugal e a 13 anos de guerras coloniais na África.

Para protestar contra a recepção que lhe foi dada pelas autoridades portuguesas, algumas centenas de apoiadores do partido Chega e de imigrantes brasileiros simpatizantes de Jair Bolsonaro (PL) se reuniram perto do Parlamento.

"Bandido", "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão", gritavam, enquanto muitos outros manifestantes pró-Lula eram agrupados pela polícia em uma rua adjacente e a uma boa distância.

Quando os parlamentares do Chega vaiaram o discurso de Lula, foram chamados à ordem pelo presidente do Parlamento português, Augusto Santos Silva, que os exortou a parar com os "insultos" e a parar de "envergonhar em nome de Portugal".

Num segundo momento, o presidente, que encerrou as suas atividades oficiais com essa sessão solene, abordou os assuntos que fizeram parte da sua viagem a Portugal. Mais uma vez disse que o Brasil "condena a violação da integridade territorial da Ucrânia" e que "é preciso falar em paz.

O presidente também discorreu sobre a sua vontade de viabilizar o acordo entre Mercosul e União Europeia e ressaltou a importância e disposição pela proteção ambiental. "O Brasil reconhece a importância da proteção ambiental e está preparado para ajudar o mundo com a transição energética", continuou.

As questões sociais e a diversidade de gênero e raça também foram temas da fala do presidente.

Com Agência Estado

 

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